Por José Reinaldo Tavares
A oligarquia e seus acólitos passaram o ano todo investindo em uma oposição desunida, na verdade um factoide sem base na realidade. Hoje o que podem dizer? Todos os partidos do campo oposicionista estão juntos para mudar o Maranhão. Todos estão com Flávio, apoiando e acreditando no projeto de um Maranhão muito melhor. Eles dirão que falta o PSDB. Puro engano. Dentro de pouco tempo o partido oposicionista estará, em grande festa democrática, se juntando ao PCdoB, PSB-Rede, PP, PDT, PSL, Solidariedade, Pros e PR nessa caminhada histórica. Do campo oposicionista, agora só falta o PPS, partido de Elisiane Gama. Será que ela se obstinará nesse movimento, parecendo-nos a partir de agora uma saga pessoal, já que Marina agora está conosco? Elisiane, você também será muito bem-vinda!
De minha parte, mais uma vez dou minha contribuição com muita humildade, mas muito sereno, pois estou contribuindo para a mudança que todo o povo do Maranhão quer.
Não é a primeira vez. De fato o que o que me motiva são causas importantes para o desenvolvimento do estado, e não meramente pessoais. Todos se lembram de 2006, quando teria garantido, se quisesse, um mandato de senador, mas optei por ficar no governo e possibilitar a primeira derrota do grupo Sarney, que tinha como candidata Roseana Sarney, perdedora do pleito para Jackson Lago. Sacrifício enorme, contrariando o costume do governador de abandonar qualquer causa pelo seu projeto pessoal. Ninguém nunca fez isso, nem antes e nem depois. Contudo, eu sabia que só assim ficaríamos unidos, o que era fundamental para a nossa vitória.
E mesmo tendo sido o mais votado da oposição em 2010, resolvi novamente, para possibilitar a união em torno de Flávio Dino, abrir mão de minha candidatura ao senado, muito provável, se única na oposição e colada a candidatura ao governo de Flávio Dino, como se fosse uma só. Sabia que tinha que dar o bom exemplo, porque o mais importante para a oposição e para o Maranhão não seria a minha candidatura ao senado, mas sim, importante e fundamental mesmo, é a eleição de Flávio ao governo do Estado.
Com efeito, vou disputar uma cadeira de deputado federal, muito importante para o meu partido, PSB-Rede, e para ajudar Flávio, defendendo junto com todos os deputados do estado, os projetos que representem interesses maiores para o Maranhão. Nossa bancada nunca atuou assim e isso me motiva muito.
Dessa maneira, agradeço o apoio de tantos e tantos amigos que queriam, quase exigiam, a minha candidatura ao senado. Espero contar com todos nessa nova direção.
Agora vejam que não bastasse o que temos experimentado, presenciamos ainda ato da maior importância, inesperado, surpreendente e altamente motivador, que foi a filiação de Marina Silva ao PSB, numa aliança programática e emocionante, fruto direto dos movimentos de rua de junho passado.
A grandeza demonstrada por Marina e Eduardo Campos é difícil de encontrar na política. Foi, sem dúvidas o momento mais importante e significativo da política brasileira nesses últimos anos. Sim, porque abre um espaço entre a velha e gasta dicotomia entre PT e PSDB, que já tinha dado o que tinha que dar e apenas se repetia e cansava, ao impor barreiras aos jovens e a todos aqueles que querem participar e querem influir na política brasileira. Mas que, sobretudo, querem melhorá-la. É a melhor resposta à voz das ruas e só duas figuras extraordinárias, como o são Marina e Eduardo, poderiam compreender esse momento e permitir um canal para expressão desse movimento dominador do sentimento nacional.
Eduardo Campos disse a Marina Silva na solenidade de filiação:
‘Quem entendeu o que as ruas do Brasil em alto e bom som disseram, quem entendeu o que aconteceu no Brasil em junho, não tem nenhuma dificuldade de entender o que ocorre aqui hoje. O que ocorre aqui hoje é o desejo de discutir o Brasil. […] Quero melhorar a política, alguém que traga pureza, que traga a voz das ruas. Tenho clareza que nós aqui estamos recebendo a Rede no PSB para fazer aliança programática porque reconhecemos a Rede como algo necessário para melhorar a política no Brasil’, discursou Campos.
E disse em seguida: ‘Essa não é a decisão mais fácil, que preserva a sua persona, a sua relação com milhares de jovens irrequietos no país, de muitos que conviveu ao longo da caminhada. […] Mas essa é a melhor decisão para que a gente possa enterrar a velha política no Brasil.’
Marina, por sua vez, afirmou: ‘Estou aqui não para pleitear candidatura, mas para apresentar junto contigo um programa para sociedade brasileira que seja capaz de alinhamento histórico e sepultar de vez a velha República’.
Esse encontro vai trazer fortes consequências positivas no fortalecimento e consolidação da candidatura de Flávio Dino. A velha política da família Sarney está inteiramente sepultada.
Mesmo porque o Maranhão, a cada dia que passa no governo de Roseana Sarney, fica pior. Vejam o que escreveu o Professor José lemos ao conhecer os novos dados da PNAD:
‘A nossa taxa de analfabetismo que em 2001 era de 22,8%, a partir de 2002 entrou em regressão, lenta para o meu gosto, mas sustentada até 2008, ultimo ano de um governo de oposição, em que os analfabetos maranhenses representavam 17,6% da população maior de 15 anos. Em 2009 houve o golpe jurídico que apeou o governador legitimamente eleito. Mas ao golpe jurídico acoplou-se o golpe maior sobre a população maranhense. Além do PIB per capita despencar, a taxa de analfabetismo dos maranhenses, maiores de 15 anos, saltou para 20,8% em 2012. Temos 988.931 maranhenses analfabetos. Notícia ruim sempre vem acompanhada. O total de sobreviventes em domicílios cuja renda total domiciliar varia de zero a dois salários mínimos (os vulneráveis à renda), que em 2008 somavam 55% do total, em 2012 saltaram para 61,2%.’
Ou seja, o maranhense empobreceu e, pior, perdeu renda depois do golpe que colocou Roseana no governo…
Mas isso são favas contadas.