Cafeteira revela que opositores só não estão com Flávio porque ele não quer

A sessão desta terça-feira (18) foi marcada por um debate ríspido entre o líder do governo, Rogério Cafeteira (PSB) e o deputado de oposição, Adriano Sarney (PV). Os dois discutiam a citação do governador Flávio Dino em delação da operação Lava Jato.

O deputado Adriano Sarney, ainda na semana passada, acusou o Cafeteira de ser “beija mão” de todos os governos. O embate continuou nas redes sociais e em notinhas de jornal. Adriano voltou a falar da posição camaleônica de Rogério que lembrou que foi o grupo do presidente que sempre “beijou a mão” de ditadura militar a democracia, de tucanos a petistas.

O socialista fez uma revelação ainda sobre os oposicionistas. “Sobre beijar mão de governo. Beijar mão de governo quem conhece muito é V.Exa. [Adriano Sarney], porque beijaram de todos, todos os presidentes da República e de todos os governadores e não estão beijando agora porque o Governador Flávio Dino não quer. Porque se quisesse, vocês estavam lá”.

O discurso de Cafeteira vai ao encontro do que já é comentado nos bastidores desde o primeiro ano do governo Flávio Dino. Mesmo os políticos mais sarneystas, inclusive com ligação familiar tentam aproximação com o governador Flávio Dino, que recusa a aliança.

O comentário no meio é que o ministro Sarney Filho mandou vários recados por uma aliança com Flávio, querendo ser candidato a Senador na chapa do comunista, por mais esdrúxula que a aliança pareça. Também existe relato de tentativa de aproximação de Edilázio Júnior por várias vezes. Somente quando ficou claro que o governador não aceitaria, ele passou a exercer o papel de opositor ferrenho.

Os exageros que descredibilizam os ataques da oposição

Clã inventa até delação que não existe para aumentar artilharia contra Flávio Dino

A oposição sarneysista segue em polvorosa com a citação do governador Flávio Dino na delação do ex-executivo da Odebrecht, José de Carvalho Filho. A abertura de inquérito para investigar possível recebimento de dinheiro por facilitação na aprovação de projeto que beneficiasse a empreiteira virou uma espécie de luz no fim do túnel para os oligarcas, e a exploração sem freios nem medidas da situação é a principal e desesperada estratégia dos meios de comunicação ligados à família.

A repercussão da controversa delação do ex-executivo da Odebrecht exigiu dos asseclas da oligarquia um verdadeiro contorcionismo jornalístico para explorar pequenos trechos que nada dizem. No afã de macular a imagem do governador e sem mais munição para tal, eles agora começam a inventar fatos a respeito das delações, inclusive envolvendo executivos que não citaram em momento algum o nome de Flávio Dino.

A nova estratégia, que passou da forçação para a invenção, demonstra o desespero de tentar transformar em réu quem ainda não começou nem a ser julgado. A oposição sabe que a única forma de diminuir a alta popularidade do governador Flávio Dino é colocá-lo na mesma lama que estão Sarney, Lobão e outros nomes que dominaram o Maranhão nos últimos 50 anos.

O problema, nesse caso, é que a oposição oligárquica começou a pesar tanto a mão que a já baixa credibilidade deles diminui cada vez mais. E ainda ratifica o que as frágeis acusações também demonstram: o inquérito tem tudo para ser arquivado.

Assembleia: crises internas na base governista e na oposição

Ano pré-eleitoral deixa clima tenso na Assembleia

O clima não está bom nem entre os deputados de oposição nem entre os deputados de governo na Assembleia Legislativa. Além das ríspidas discussões entre governo e oposição, os dois grupos também vivem clima acirrado internamente.

Na base governista, o clima está se acirrando nos municípios. E o governo tem que tomar muito cuidado agora com todas as ações nas cidades que podem causar ciumeira. Quando o governo faz uma ação em uma cidade que aparente beneficiar o aliado político de um deputado, faz com que outro deputado (adversário no município) se revolte.

A consolidação das lideranças em municípios e regiões começa a preocupar todos os deputados de olho na reeleição. Por isso, as disputas de ações do governo nas cidades, aliada à liberação de emendas, tem feito com a base do governo Flávio na Assembleia esteja sustentada por uma corda bamba. Hoje, é difícil confiar solidamente na maioria governista na Assembleia.

Oposição em choque

Desde que o espaçoso Eduardo Braide (PMN) assumiu definitivamente a condição de opositor ao governo na Assembleia, também tem gerado atrito entre oposicionistas.

A deputada Andrea Murad ficou muito irritada com Braide por ter “roubado” sua pauta do ICMS da construção civil. Andrea, que é líder da oposição, andou reclamando que Braide mesmo sabendo que ela tinha as informações e se preparava para atacar fortemente o governo com a história, tomou para si a discussão, fez audiência e levou todos os holofotes da mídia alinhada ao grupo de oposição.

Está causando incômodo o modus operandi invasivo de Braide, fazendo com que os oposicionistas “raiz” percam espaço, principalmente nos meios de comunicação do Clã Sarney.

Nova divisão dos Blocos aumenta base governista efetiva para 28 deputados

Rafael Leitoa e Vinícius Louro comandam Blocos governistas

A divisão dos novos Blocos da Assembleia Legislativa está quase finalizada. O Blocão perdeu alguns membros, mas ganhou o DEM, que possui três deputados. Assim, ele deverá ficar composto por 23 membros, o mesmo número atualmente.

Um novo Bloco governista será liderado pelo deputado Vinícius Louro (PR). Ao ser questionado se o Bloco seria independente, Louro fez questão de ratificar que o novo Bloco será governista, mas a criação foi importante para conquista de espaços. O Bloco que se chamará Bloco Parlamentar Democrático e terá também como membros Josemar de Maranhãozinho (PR), Carlinhos Florêncio (PHS), Leo Cunha (PSC), Sérgio Frota (PSDB).

Com esta divisão, a base confiável do governo fica com 28 deputados. César Pires (PEN) ainda não definiu seu caminho.

O Bloco independente com viés de oposição será liderado por Max Barros. Eduardo Braide (PMN), que idealizou o Bloco, não quis a liderança porque se ficasse, não teria espaço na Comissão de Constituição e Justiça e causar embaraços aos projetos governistas na comissão. Como o Bloco tem cinco membros, tem direito à indicação nas comissões. Os outros membros deste Bloco são Wellington do Curso (PP), Alexandre Almeida  (PSD) e Graça Paz (PSL).

A deputada afirmou que deseja votar com liberdade e lembra que seu marido, Clodomir Paz, está no projeto de Roberto Rocha como candidato a governador, o que a inviabiliza de ficar em um bloco governista. “Se o meu marido está lá no projeto do senador Roberto Rocha, eu tenho que estar onde ele estiver. Eu espero que esse bloco possa estar, inclusive, recebendo mais deputados”.

O Bloco de oposição formado por PMDB e PROS continua e o PV que também é considerado de oposição seguirá sozinho.

Blocão será dividido na Assembleia Legislativa

Governistas discutem divisão Blocão com lideranças de PCdoB e PDT

Está em discussão a formação de um novo Bloco governista para este ano na Assembleia Legislativa do Maranhão. O maior bloco da Assembleia, Unidos pelo Maranhão, possui 23 deputados e deverá ser dividido.

Os dois maiores partidos da Assembleia deverão comandar os dois blocos governistas. PCdoB e PDT liderarão as discussões dos dois blocos que serão formados na divisão do Blocão. O líder do Bloco encabeçado pelos pedetistas deve ser o deputado Rafael Leitoa.

A alegação dos governistas é que o Bloco muito grande fica muito disperso e será mais fácil trabalhar dentro de bloco menores.

Oposição

Bloco de oposição também deve ser realinhado

A formação da oposição também deve sofrer alterações. Eduardo Braide (PMN) e Alexandre Almeida (PSD) devem integrar o Bloco de oposição, que hoje é liderado por Andrea Murad (PMDB). Braide irá reivindicar a liderança. O deputado Wellington do Curso, que mesmo adotando postura de oposição, diz ser governo, deve continuar no Bloco União Parlamentar (bloco independente).

Ainda é dúvida o destino de PRP, PEN e DEM. Max Barros (PRP), César Pires (PEN) e os três deputados do DEM têm posturas de discurso mais independente, mas costumam votar com o governo. Com a divisão do maior bloco governista, estes partidos devem entrar em um dos dois oriundos do Blocão.

Como será a oposição a Edivaldo na Câmara?

Os últimos prefeitos de São Luís tiveram poucos mas ferrenhos opositores no parlamento. No primeiro mandato do prefeito Edivaldo, Fábio Câmara (PMDB) e Rose Sales (PMB) subiram à tribuna constantemente com fortes discursos contra o atual gestor. Marlon Garcia (PTdoB) fez alguma oposição de maneira mais tímida. Câmara e Rose foram candidatos a prefeito e estão fora do Legislativo Municipal. Garcia não conseguiu se reeleger.

Os insatisfeitos com a relação entre vereadores e prefeito no ano passado, ensaiam fazer a oposição a Edivaldo. Os principais nomes que ameaçam fazer oposição são Chaguinhas (PSB), Estêvão Aragão (PPS) e Sá Marques (PHS). Ainda é duvidosa a atuação sistemática de oposição de Chaguinhas e Aragão, já que um dos dois deve liderar a oposição.

Desde o governo Castelo, Chaguinhas sempre foi governo, com arroubos de oposição sempre que contrariado. Resta saber se ele resistirá como oposição constante e se terá discurso (compreensível) para a tarefa. Estêvão utilizou pouco a tribuna no primeiro mandato. Mas desde a eleição promete que irá fazer um carnaval contra a gestão do prefeito Edivaldo.

O vereador Sá Marques (PHS) estava na campanha de Eduardo Braide no segundo turno das eleições de São Luís. Pela ligação de Marques com Wellington do Curso, o caminho natural seria a oposição. Vale aguardar para ver como será a atuação do vereador de primeiro mandato e pouco conhecido como opositor.

Mesmo sendo do partido do pai do prefeito, Edmilson Jansen (PTC) apoiou Eduardo Braide no segundo turno magoado por considerar que o prefeito promoveu outras candidaturas em detrimento da dele na área Itaqui-Bacanga. Mas não deve fazer oposição sistemática.

Adriano Sarney reforça posicionamento de oposição a Flávio e Edivaldo

adrianoO deputado estadual Adriano Sarney fez novo pronunciamento nesta quarta-feira (19) após a ampla repercussão da sua declaração de que Eduardo Braide procurou o grupo Sarney pedindo apoio. Desta vez, o neto de José Sarney fez questão de reforçar o fato de que ele e sua família são opositores do governador Flávio Dino e do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, a quem chamou de tutelado pelo governador.

“Não apoio nem Edivaldo nem Eduardo. Não apoiarei nem nunca vou apoiar Braide e Edivaldo. Um não tem coerência e outro é tutelado pelo governador. Sempre fui um grande opositor de Flávio Dino e da prefeitura. Não falto com minha coerência. É impossível apoiar Edivaldo”, afirmou.

Adriano reafirmou que fez o discurso sobre Braide para defender o nome de sua família.

Sarneystas querem que Governo pare de trabalhar no período eleitoral

flavioassinaOs candidatos da oposição oligárquica andam estrebuchando com o anúncio de obras e de iniciativas em prol da população maranhense nas últimas semanas.

De acordo com eles, o objetivo é se beneficiar politicamente das ações, como acontecia no passado. A diferença agora é que essas obras e benfeitorias não são anunciadas somente no período eleitoral, como era no período de dominação oligárquica.

Várias obras tem sido lançadas e inauguradas ao longo dos últimos 20 meses. E iniciativas em benefício da população maranhense semanalmente são anunciadas, independente de período eleitoral ou não, em favor de municípios que tenham prefeitos apoiados pelo Governo ou não.

Obras importantíssimas como a Ponte do Rio Pericumã não podem esperar

Obras importantíssimas como a Ponte do Rio Pericumã não podem esperar

Quem tenta lucrar em anúncios em período eleitoral é a própria oposição oligárquica, que se utiliza desse subterfúgio para atacar o governador Flávio Dino.

Na visão deles, o Governo devia parar obras, anúncios e políticas públicas, esperar o período eleitoral passar e só depois voltar a trabalhar. O problema é que o Maranhão tem pressa. O mal que fizeram durante as últimas décadas foi tão grande que todo o tempo é pouco.

Ação do Bloquinho consegue obstruir pauta do governo na Assembleia

Bloquinho e oposição conseguem barrar votação de projetos do governo

Bloquinho e oposição conseguem barrar votação de projetos do governo

O bloquinho, bloco liderado pelo deputado Josimar de Maranhãozinho (PR) conseguiu obstruir as pautas de interesse do governo que estavam na ordem do Dia da Casa. O Bloquinho se uniu aos dois Blocos de oposição e o PEN, de César Pires, e deliberadamente deixaram a sessão para não votar os projetos.

A intenção foi dar um recado claro, sem sequer esconder a insatisfação. Como o Blocão governista não estava completo na Casa, a saída do Bloco “independente” junto com os oposicionistas foi o suficiente.

Entre os projetos estavam o que altera o sistema tributário do Estado, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, o que muda o ICMS, além do projeto que cria o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável.

Roberto Costa anuncia Andrea como líder do Bloco: “tudo superado”

robertoandreaO deputado Roberto Costa (PMDB), antes o maior desafeto da deputada Andrea Murad (PMDB), anunciou a filha de Ricardo Murad como líder do Bloco formado entre PMDB e PROS.

“Nós tivemos nossas desavenças. Mas tudo está superado. Isso mostra o amadurecimento do Bloco. Tanto que foi um consenso entre todos os deputados que farão parte e estamos unidos”, afirmou o peemedebista.

Roberto disse que na articulação não foi possível aglutinar com o PV, mas que o partido continua sendo aliado do PMDB. Na sua avaliação, somente PMDB e PROS já teriam o suficiente para pleitear espaço na Mesa Diretora da Assembleia.

O bloco será formado pelos peemedebistas Andrea Murad, Roberto Costa, Nina Melo, Max Barros, além de Souza Neto (PROS).