Em São Luís, já faltam envelopes para depósito nas agências. Muitos caixas eletrônicos não foram reabastecidos e com as datas de pagamento do serviço público estadual e municipal chegando, a previsão é de caos no final do mês. E a greve dos bancários não tem data para acabar.
Segundo o Sindicato dos Bancários, a categoria irá manter hoje a greve, iniciada há 18 dias. Ontem, segundo a entidade, foram fechados 957 locais de trabalho, 950 agências e sete prédios administrativos, mobilizando cerca de 26 mil trabalhadores.
Os bancários em greve rejeitaram ontem a proposta pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu reajuste salarial de 8,75%, sem abono. Os bancários reivindicam aumento de 16% (aumento real de 5,6%), piso salarial R$ 3.299,66 e Participação em Lucro e Resultados de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 7.246,82. A categoria também pede vale-refeição e vale-alimentação no valor de R$ 788 e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais.
Não está sendo respeitado o efetivo de 30% de pessoal para garantir a prestação dos serviços essenciais como os serviços de compensação de cheques e o atendimento a consumidores que não possuem cartão ou que não tenham como utilizar os canais alternativos.
No Maranhão, o índice de adesão ao movimento segue em alta, com 90% dos bancos públicos e privados fechados, segundo o Sindicato da categoria.