Rodoviários ameaçam paralisar na próxima terça-feira (3)

O clima continua pesado entre os rodoviários e os empresários do transporte de São Luís. A informação do sindicato dos rodoviários é que agora todas as empresas estão em desacordo com o Acordo Coletivo de Trabalho. Por conta disso, já organizam um movimento para paralisar as atividades na próxima terça-feira (3).

Segundo o presidente do Sindicato, Isaías Castelo Branco, órgãos públicos estão sendo notificados sobre a decisão e, três dias após a conclusão desta etapa, motoristas e cobradores cruzarão os braços.

“Com informação passada durante a audiência, de que eles não têm condições de pagar o salário dos trabalhadores, não tem outra saída, vamos ter de cuidar de todos os trâmites legais e nosso departamento jurídico já está trabalhando nisso, para encaminharmos para uma paralisação. Após 72 horas das notificações feitas ao Ministério Público, Superintendência Regional do Trabalho, Justiça do Trabalho, Prefeitura, aos consórcios, enfim, todas as instituições interessadas, poderemos interromper as atividades. Mas, durante este período, nos mantemos dispostos a dialogar com a patronal”, afirmou.

Segundo Castelo Branco, sete das nove empresas que compõem o Consórcio Upaon-Açu têm pendências com os funcionários e, até o momento, nenhuma delas manifestou intenção de regularizar a situação.

“O discurso deles é muito antigo. Alegaram evasão de receita, foram colocadas as catracas eletrônicas para resolver. Depois alegaram fraude e que se fossem combatidas não se precisaria nem de reajuste de tarifas e a bilhetagem eletrônica foi colocada para acabar com esse problema, mas eles ainda insistem que tem. Agora eles voltam com essas e outras alegações que precisam ser resolvidas com o poder público, não punindo o trabalhador, sem pagar salário, para poder chegar onde eles querem. Os empresários se acostumaram a usar os trabalhadores para alcançar os objetivos deles. Eles atrasam os salários, suspendem os benefícios, na tentativa de fazer com que os trabalhadores estrangulem o sistema até chegar nessa situação”, reclamou.

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