Aluna indígena da UFMA é exposta como falsa cotista e rebate: “Índio não pode pintar o cabelo?”

Larissa Sá acordou na manhã dessa quinta-feira (04) com o seu perfil nas redes sociais sendo bombardeado por mensagens de ódio contra ela. Durante a madrugada, seu nome foi amplamente divulgado por uma conta no Twitter criada para expor fraudes no Sistema de Cotas Raciais das Universidades brasileiras. O post acusava Larissa de pegar a vaga de um indígena no curso de Medicina na Universidade Federal do Maranhão.

“Ontem coloquei uma caixinha de perguntas no Instagram, quando acordei tinham várias pessoas xingando, na hora fiquei muito mal, não conseguia falar nada, achei que estava sozinha”, contou em entrevista à Vogue.

De origem indígena do povo Atikum-Umã, da região de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco, Larissa usou seu perfil para repudiar os ataques de racismo que sofreu durante o dia todo. Questionada por uma usuária se tinha certidão de nascimento para comprovar sua origem, ela rebateu: “Se eu tenho a certidão? Minha filha, você acha que eu provei a faculdade como? É lógico! Eu tenho aldeia, eu tenho foto, eu tenho vídeo, eu tenho documentos, eu estou na Funai! Eu não posso pintar cabelo não, é?”, disse indignada.

Da Vogue

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