Maranhão é o estado com maior percentual de pessoas que não concluíram a educação básica

Os dados apresentados nesta quarta-feira (15) pelo IBGE são realmente tristes para o Maranhão. No Maranhão, em 2019, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio – foi de 36,8%. Entre aqueles que não completaram a educação básica, além dos 16,6% sem instrução, 34,3% tinham o ensino fundamental incompleto, 7,4% tinham o ensino fundamental completo e 4,9%, o ensino médio incompleto.

Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que passou de 8,6%, em 2018, para 9,1%, em 2019. Contudo, dentre as Unidades da Federação (UF), o Maranhão apresentava o menor percentual de pessoas de 25 anos ou mais com nível superior completo. No estado com o maior percentual, Distrito Federal, 33,8% da
população com 25 anos ou mais tinha completado o ensino superior. Para Brasil, esse
percentual era de 17,4%.

No Maranhão, em 2019, havia 823 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 15,6%. Essa era a 4ª maior
taxa de analfabetismo dentre as UFs, menor apenas que as taxas apresentadas pelos
estados de Alagoas, 17,1%, Paraíba, 16,1%, e Piauí, 16%. A taxa de analfabetismo do
Brasil era de 6,6%.

Em relação a 2018, houve uma redução de 0,7 pontos percentuais (p.p.) no número de analfabetos do Maranhão, o que corresponde a uma queda de 21 mil analfabetos em 2019. Nota-se que, no Maranhão, e no Brasil de forma geral, o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2019, eram pouco mais de 400 mil analfabetos maranhenses com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 45,9% para esse grupo etário. Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda no analfabetismo: para 29,2% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 20,2% entre aquelas com 25 anos ou mais e 16,9% entre a população de 15 anos ou mais.

Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças. Por outro lado, os analfabetos continuam concentrados entre os mais velhos e mudanças na taxa de analfabetismo para esse grupo se dão, em grande parte, devido às questões demográficas como, por exemplo, o envelhecimento da população.

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