O presidente municipal do PSB, vereador Roberto Rocha Júnior, não compareceu à reunião da Comissão Municipal, que deveria decidir os rumos do partido no processo eleitoral deste ano. Após ausência, sem qualquer aviso prévio, o de deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) ajuizou uma ação junto ao Tribunal Regional Eleitoral. O documento, protocolado no final da tarde de hoje, solicita o cumprimento da lei eleitoral do Estatuto e do regimento interno do Partido Socialista Brasileiro.
A expectativa era que na reunião se definisse a candidatura ou não de Bira à prefeitura de São Luís. O que não aconteceu. O filho do senador Roberto Rocha designou o vice-presidente da Comissão, vereador Estevão Aragão, para comandar a reunião, mas sem poder de decidir.
Para o representante da Juventude Socialista, André Poeta, se o o presidente municipal do PSB tivesse honrado com o compromisso de reunir com a militância para deliberar a questão, o partido já poderia se organizar para o pleito. “O senador não precisa mais esconder. Essa postura é lamentável. Roberto Rocha não quer a candidatura do deputado Bira a prefeito de São Luís e não tem coragem de dizer isso, mas isso já está muito claro para nós. O que ele precisa entender é que coronel não manda no PSB. Já dissemos e vamos repetir, o nosso partido é coletivo e não vamos permitir que seja alugado para atender aos interesses pessoais de Saruê ou de filho de Saruê nenhum”, destacou Poeta.
Bira assegurou que a militância vai brigar pelo Congresso e pela candidatura própria. Lembrou que todos os prazos foram dados – este último, marcado pelo próprio Roberto Junior, que sem nenhum trato desrespeitou não um, mas todos os filiados da sigla. Primeiro quando se negou a fazer o Congresso; depois ao restringir uma decisão do partido a uma cúpula comandada por ele mesmo e pelo pai; e, terceiro, ao marcar uma reunião onde daria importante posicionamento e faltou, sem aviso prévio, deixando uma ‘Comissão decorativa’.
“O que a gente queria era um entendimento, mas eu já vimos que querem usar o partido como moeda de troca para servir aos seus interesses particulares. Eu não concordo com isso e nós vamos buscar os nossos direitos. Independente de ganhar ou perder, sairemos de cabeça erguida. E é isso que prevalece porque a história esquece os covardes. Mas lembra dos valentes, dos combates, daqueles que não se vendem e não se rendem”, pontuou o deputado.