Sonhando em voltar aos tempos de farras regadas a lagostas, champanhes franceses e camas de R$ 130 mil, Roseana Sarney ficou revoltada com a decisão do STJ em atender o pedido da Procuradoria Geral da República, que afirmou não haver qualquer fato ou indício que pudesse comprovar as falsas acusações feitas pelo funcionário da Odebrecht, José de Carvalho Filho, contra o governador Flávio Dino no âmbito da Operação Lava Jato.
Assim como aconteceu na derrota para Jackson Lago em 2006, Roseana Sarney arremessou pratos e esbravejou do alto do seu apartamento de luxo na Península, sobretudo com seu pai. A maior revolta de Roseana foi pelo fato de José Sarney não ter conseguido usar sua influência para forçar um inquérito contra Flávio Dino. A denúncia era a garantia que a ex-governadora estava esperando para disputar as eleições.
Acostumada a ter tudo de mãos beijadas dadas pelo pai, Roseana agora se vê em maus lençóis – e ainda por cima sem a cama hi-tech – tendo que enfrentar um adversário que não possui qualquer mácula contra sua imagem e que está fazendo, em dois anos e meio, o que ela não fez em 16 anos.
A revolta de Roseana é, na verdade, a destruição da única chance que ela teria em um embate com Flávio Dino. Pelo visto, esse foi mais um capítulo do passamento do grupo Sarney no Maranhão.