Durante a sessão solene em comemoração dos 93 anos do PCdoB, o governador Flávio Dino admitiu que houve um movimento para deixasse a legenda e disputasse as eleições de 2014 por outro partido, a pedido dos aliados. O receio era justamente o que ocorreu na campanha eleitoral: a demonização do comunismo aos moldes da Ditadura Militar. O governador disse que resistiu à pressão e tinha que disputar pelo PCdoB.
“Houve este movimento para que eu disputasse a eleição por outro partido. Os aliados queriam. Mas eu não seria eu mesmo. Quando o ser humano nega a si mesmo, ele não é nada. E depois, que não teria a mesma graça. Não seria tão saborosa a vitória quanto foi pelo PCdoB. Tenho muito orgulho de ser o primeiro governador comunista do Brasil”, afirmou.
O PSB era o principal partido que desejava a filiação de Dino. O presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, acentuou a importância de Flávio Dino ter sido eleito governador para a afirmação do partido. “Foi além do Maranhão esta vitória”.
O comunista Othelino Neto presidiu o início da sessão, que também foi marcada pelo retorno do presidente Humberto Coutinho (PDT), que assumiu o comando dos trabalhos.