O deputado federal Hildo Rocha passou a maior vergonha na votação do chamado “distritão”. Hildo passou os últimos dias sendo o principal defensor da proposta que foi rejeitada ontem na Câmara dos Deputados. Apenas 205 deputados apoiaram a alteração, outros 238 foram contrários. Para que a proposta avançasse, eram necessários pelo menos 308 votos.
O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) deu uma enquadrada em Hildo ao afirmar que ele não entende nada de regimento interno quando o maranhense tentou barrar a votação.
Pelas regras atuais, deputados federais, estaduais e vereadores são eleitos no modelo proporcional com lista aberta. A eleição passa por um cálculo que leva em conta os votos válidos no candidato e no partido. Esse cálculo chama quociente eleitoral. O modelo permite que os partidos se juntem em coligações.
Pelo cálculo do quociente, é definido o número de vagas que cada coligação terá a direito, elegendo-se, portanto, os mais votados das coligações.
Pelo “distritão”, cada cidade ou estado passaria a ser considerado um distrito e seriam eleitos os candidatos a vereador e a deputado que recebessem mais votos.
E a reeleição de Hildo ficou muito difícil sem a aprovação do “distritão”.