Acesso limitado: Pedrinhas ainda tem muito a esconder

Comissão conversa com secretário Sebastião Uchôa em Pedrinhas.

Comissão conversa com secretário Sebastião Uchôa em Pedrinhas.

O deputado federal Simplício Araújo (SDD) e a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) reclamaram muito das condições da visita da comissão de Direitos Humanos do Senado á penitenciária de Pedrinhas no Maranhão. Os deputados afirmaram que a visita foi condicionada ao que queria o governo do estado e não houve acesso há áreas importantes do complexo.

Simplício Araújo (Solidariedade/MA) afirmou que o grupo Sarney é o único que possui real conhecimento do que ocorre dentro da penitenciária. Ele disse que deputados e senadores foram impedidos de conhecerem as alas em estado degradante. De acordo com Simplício, os presos das alas mais problemáticas estão fazendo greve de fome. “A intervenção é o melhor caminho para que se possa resolver o caso”, defendeu.

“Só mostraram as alas que foram reformadas recentemente. Dessa forma, fica difícil apontarmos soluções para minimizar o caos que ali se instalou. Estão escondendo o problema e quero saber por que estão fazendo isso. Só quem pode ter acesso é o grupo Sarney, o que faz acreditarmos, infelizmente, que tudo continuará na mesma situação”, apontou o deputado.

Já a deputada Eliziane Gama (PPS) foi novamente barrada junto com membros da OAB-MA. Ela lamentou que como membro da Comissão de Segurança da Assembleia não pudesse ter tido acesso a mais dependências do complexo penitenciário.

“O objetivo da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, da OAB e da Sociedade de Direitos Humanos é evitar que novas tragédias aconteçam. Fomos impedidos de acompanhar e isto é uma arbitrariedade, pois permitiram que um deputado governista acompanhasse a visita. O Governo está querendo maquiar o caos do sistema prisional maranhense”, afirmou Eliziane Gama.

A comitiva maranhense teve acesso apenas a Casa de Detenção Provisória (CDP) e foi impedida de entrar no Presídio São Luís 1. Segundo a SEJAP, o acesso limitado teria sido motivado por questões de segurança.

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