Bancada do Maranhão no Senado negociou e ajudou a consolidar o golpe

Foto de Clodoaldo Corrêa (1)

Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da presidência da República em votação no senado nesta quarta-feira (31). Os três senadores do Maranhão ajudaram a consolidar o impeachment da presidente Dilma. Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) votaram a favor do impedimento da petista após negociarem bem o voto.

Os três tiveram reunião tanto com petistas quanto com caciques do PMDB esperando quem lhes oferecia o melhor para decidirem os votos.

Das duas raposas do PMDB, a atitude era esperada e faz parte do modus operandi na política. Este tipo de política foi rechaçada pelos maranhenses em 2014. Mas Roberto Rocha (PSB), eleito pelo grupo da mudança, prometendo ser diferente destes, negociou abertamente o voto. Chegou a ter a seu favor intervenção do PT em Timon e Codó para que o partido apoiasse candidatos favoráveis a Rocha em troca de votos. Depois, veio a proposta de Temer pela diretoria do Banco do Nordeste.

Incoerência demonstra golpe

Os três maranhenses fizeram parte do grupo de Senadores que votou de forma totalmente incoerente nas duas votações de hoje. Foram favoráveis à cassação, mas contra a perda de direitos políticos de Dilma Rousseff. Mesmo sendo cassada, Dilma manteve os direitos políticos.

A incoerência da segunda votação, corroborada pelos três maranhenses, demonstrou o golpismo do impeachment. Já que a presidente foi cassada por crime, como pode ter mantido os direitos políticos?

Foram 42 votos a favor da inabilitação de Dilma, 36 contrários e três abstenções. Para que Dilma perdesse os direitos, eram necessários 54 votos.

 

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