Editorial do Jornal Pequeno
Em linguagem de abutres, qual corvos à espreita de fazer o mal à sua cidade, o matutino dos Sarney atacou de forma vil, em sua edição de ontem, o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior. Não se trata de uma crítica à gestão do administrador, mas de insultos em que o tratam de tutelado pelo governador eleito, Flávio Dino, e o acusam de eximir-se de suas responsabilidades.
Dependente, incapaz são os termos usados na tentativa de convencer a população de que é o prefeito o culpado pela ingerência destes que governaram o Maranhão durante 50 anos sem dar a mínima atenção à capital, São Luís. Não podem transferir a máxima culpa que têm pelo desastre na educação pública, pela insegurança que vive a população, quando tratam este município com o despudor da raiva e da vingança. Uma parceria entre o prefeito e o governador eleito, Flávio Dino, é natural e servirá até para dirimir os efeitos da politicalha praticada durante tanto tempo contra o povo de São Luís.
Não se trata de ser tutelado, mas de trabalhar juntos, o prefeito e o governador, pela melhoria da qualidade de vida de um povo que há muito espera por essa união administrativa. A perseguição e o achincalhe midiático não mudarão o fato de que São Luís, hoje, é sinônimo de transparência, de probidade nos negócios públicos, o que nunca poderá ser dito sobre os que governaram o Maranhão em meio a denúncias de propina, superfaturamento, escândalos de corrupção de todos os gêneros, deixando o estado à beira da insolvência e se utilizando de um monopólio dos meios de comunicação para agredir a capital e o seu povo.
O inconformismo é latente. É a voz dos derrotados. O futuro governador Flávio Dino e o prefeito Edivaldo certamente farão por São Luís o que durante 50 anos eles não fizeram; por maldade ou por incompetência, misturando o patrimônio público e o privado e fazendo do Maranhão o mais pobre estado do país. Estes que só arregaçaram as mangas para fazer do estado sinônimo de vergonha e estupefação, que permitiram ser São Luís uma das cidades mais violentas do mundo, responsáveis pela insegurança alimentar de metade da população maranhense, não estão no direito de criticar e menos ainda insultar quem quer que seja.
A licenciosidade de quem trata de fantoche o prefeito Edivaldo só pode ser entendida como frustração, raiva de quem seguidamente, durante meio século, perdeu todas as eleições em São Luís. Os corvos vivem em bandos, sem estrutura hierárquica definida, e com seus hábitos necrófagos só conseguem desejar o mal. Mas de nada adianta. O Maranhão e São Luís estão bem melhores com eles fora do poder, e comemoram, hoje, a liberdade, a honestidade, o fim do autoritarismo. “Os cães ladram e a caravana passa”, e esta caravana que tanto os incomoda é a caravana da mudança, da vitória de um povo que dos corvos finalmente se libertou.