Dança dos partidos na Câmara Municipal



O vereador Sebastião Albuquerque (DEM) anda pra lá de insatisfeito com o seu partido,

Sebastião Albuquerque pensa qual será seu destino

o DEM. Ele anda se sentindo desprestigiado no grupo sarneista e pretende mudar de ares. Caso o PSD, dissidência do DEM inventada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que está tentando se consolidar se firme como partido, este será o novo destino do vereador. Caso contrário, ele já articula uma possível transferência para o PSDB, e engrossaria o ninho tucano na Casa, que já tem Chico Viana e José Joaquim.

Outro que busca um novo espaço é Osmar Filho. O vereador deixou o PTC, alegando que não gostava da forma como o partido estava sendo conduzido pelo presidente Edivaldo Holanda.

Osmar Filho busca uma legenda do grupo da base da governadora

Osmar saiu do partido achando que estava praticamente certa sua filiação ao PMDB, mas achou resistência na legenda. Ele está desde março sem partido e ainda busca um caminho, que garante será um partido da base da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Chico Viana critica silêncio em relação ao caso dos R$ 73 milhões

Chico Viana deu explicações sobre os recursos.

A única vez em que a prefeitura municipal de São Luís se manifestou com relação ao caso do “sumiço” dos R$ 73,5 milhões de convênio foi através de Nota Oficial assinada pelo secretário de Comunicação, Edwin Jinkings. Desde então, a prefeitura diz que não se manifesta pelo fato do dinheiro estar sob júdice e esperava a decisão da Justiça para entregá-lo ou não. A decisão da devolução veio e as explicações não.

O vereador Chico Viana (PSDB), um dos líderes do governo na Câmara Municipal,  criticou a falta de firmeza da prefeitura para se defender das acusações. “O Edwin (secretário de Comunicação) está na Europa. Era necessário antecipar esta fatídica CPI. O problema é que o Castelo colocou muita gente aí que tem medo de falar, tomar a frente das discussões”, avaliou.

Chico diz que com a decisão do juiz Megbel, a razão de ser da CPI encerrou e estaria discutindo matéria vencida. Segundo o vereador, a movimentação se deu porque as contas da prefeitura independem da origem. “Existe a conta geral do município. Não importa que não estariam mais na conta inicial dos convênios. O que importa é que a prefeitura tenha separado os R$ 73,5 milhões e estava esperando a decisão da Justiça. O bolo do dinheiro da prefeitura é um só e não faz sentido dizer que o procurava em uma conta específica do convênio”, declarou.

O líder do PSDB na Câmara Municipal disse que o prefeito tinha os R$ 73,5 milhões assegurados ou para fazer a devolução, ou para aplicar nas obras, de acordo com a decisão judicial.

Já que a Secretaria de Comunicação da prefeitura nçao se manifesta, pelo menos, estas são as únicas explicações que temos.

Roberto Costa diz já ter provas para apresentar à CPI

O deputado estadual Roberto Costa (PMDB), afirma que já teria a prova da movimentação de, pelo menos, R$ 29 milhões de uma das contas do Convênio celebrado entre a prefeitura de São Luís e o governo do Estado, em um valor total de r$ 73,5 milhões.

Costa disse ter o comprovante da saída dos R$ 29 milhões da conta do terceiro convênio, de R$ 44 milhões. “Na nota oficial expedida pela prefeitura, eles mesmos disseram que não poderiam mexer no dinheiro porque estava sob júdice. Como eles foram tirar R$ 29 milhões da conta que era para a construção de viadutos? Os viadutos não foram feitos e então, para onde foi o dinheiro?”, disse.

A próxima reunião da CPI será dia 17 de janeiro de 2012.

Almeida confirma que tenta levar Flavio Dino para PSB

O presidente do diretório estadual do PSB, José Antonio Almeida, confirmou que o partido quer realmente o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) vestindo a camisa socialista. Almeida confirmou que houve um almoço entre ele, Flávio, o ex-governador José Reinado Tavares e o presidente do diretório nacional do PSB, Eduardo Campos, em Pernambuco. Segundo Almeida, existiu uma conversa preliminar de aliança para 2014.

Para Almeida, Flávio será candidato a governador e seria melhor que fosse em seu partido. “Vemos a possibilidade deste campo da esquerda, o Flávio já é um nome reconhecido nacionalmente. A nossa aliança com o PCdoB de 2010 deve se manter em 2014. E nós do PSB preferimos que ele seja candidato a governador no PSB. Mas isso é uma questão pessoal”, afirmou.
 
Em conversa com o titular do blog, o presidente do diretório estadual do PSB elencou algumas razões pelas quais seria vantajosa a mudança de Dino. Para ele, a influência d e Eduardo Campos e a grandeza do PSB, com consequente poder de atração são alguns dos motivos que justificariam a mudança. Ele lembrou da perda do apoio do PT nas eleições de 2010 que julga como resultado da falta de um nome expressivo em Brasília para que não deixasse o PT escapar pelas mãos do grupo. “Tivemos dificuldades na eleição de 2010 porque perdemos o apoio do PT de maneira abrupta e sem processo legal. Pesou muito a falta de alguém que tivesse condição e força a nível nacional de ir lá e se contrapor a isto”, alegando que Eduardo Campos seria este “cara”.
 
O presidente do diretório municipal do PCdoB, Márcio Jerry garante que Dino segue na legenda. Via twitter, ele criticou algumas informações que estão sendo veiculadas. Mas me confirmou que soube da sondagem do PSB, mas de modo nenhum acredita que isto seguirá adiante. “A direção do PSB só cogitou esta possibilidade, mas nem houve convite formal. Isto apenas mostra um apreço deles que é recíproco por parte do PCdoB”.

Tadeu Palácio próximo do PSB

Tadeu Palácio conversou com Antônio Almeida sobre transferência para o PSB

 

O caminho do ex-secretário de Turismo, Tadeu Palácio, deve mesmo ser um partido de oposição ao governo do qual fez parte por dois anos e quatro meses. Depois das especulações de sua ida para o PCdoB e PPS, ele se aproxima de um acordo com outra força do campo de esquerda: o PSB.

Tadeu tomou café da manhã neste domingo (28) na casa do presidente estadual do PSB, José Antonio Almeida, com quem discutiu a possibilidade de filiação. Os dois não fecharam acordo, mas Almeida ficou balançado com a oferta. A resposta pode sair nos próximos dias.

A ida de Tadeu Palácio para o PSB pode ser uma grade derrota ao grupo liderado pelo deputado federal Ribamar Alves, que articulou a filiação de Roberto Rocha aos socialistas para que este seja candidato a prefeito de São Luís pelo partido. Como Tadeu não abdica da candidatura e quer estar em um partido que lhe dê a condição de disputar a chefia do poder executivo municipal, ele pode acabar passando uma “rasteira” em Rocha e Alves.

Edivaldo Holanda Jr.: por que ele é um fenômeno eleitoral em São Luís?

Edivaldo Holanda Jr.

Ele surgiu na política se elegendo vereador aos 26 anos, tendo maior incentivador, o pai, Edivaldo Holanda, figura carimbada da política maranhense. Na primeira eleição, em 2004, Edivaldo Holanda Jr. teve quase três mil votos. Mas em 2008, triplicou a votação e foi o vereador mais votado com 10.670 votos.

 Em 2010, o garoto bom de voto na capital se candidatou então a deputado federal e se consagrou como fenômeno eleitoral e foi o mais votado da Ilha, com 72.899 votos, e um total de 104.015 votos.

 Edivaldinho começou a surgir desde então como forte nome à sucessão municipal em São Luís, principalmente pela demonstração do eleitorado nos últimos pleitos, que demonstrou empatia por novas lideranças, com a ascensão política de Flávio Dino (PCdoB), considerado hoje principal nome da oposição no Estado.

 Esses números em um partido considerado pequeno como o PTC, despertaram a cobiça de partidos maiores pelo seu “passe”. Carente de um líder carismático, o PDT tentou de tudo para filiar Holanda Jr. Para ser seu candidato a prefeito de São Luís. O suplente de deputado federal, Weverton Rocha, tomou a frente das negociações, que acabaram não evoluindo, por resistência de membros pedetistas, que assustaram o deputado federal.  

 Edivaldo Holanda Jr. ajudou até a colocar o pai na Assembleia Legislativa, já que o Edivaldo Holanda ficou como suplente, e o prefeito João Castelo (PSDB) tirou Graça Paz (PDT) do parlamento para assumir a secretaria de articulação política, e assim, assegurar vaga ao pai de um possível adversário nas eleições de 2012.

 Mas Holanda Jr. pode não estar nem aí para o gesto de Castelo. Os números do Instituto Amostragem já colocam o deputado vencendo o prefeito em segundo turno. Ele se mantém calado sobre o assunto e afastado das discussões, mas a força política dele na capital aparece como fortíssimo pré-candidato.

 Com pouca experiência política e de vivência, fica a pergunta: o que fez Holanda Jr. para merecer tanto dos eleitores ludovicenses? Acho até que a pergunta seria melhor colocada assim: “o que não fizeram os políticos experientes para que os leitores preferissem novos nomes?”

 O eleitorado maranhense está tendendo cada vez mais para novos horizontes, cansado da política das “Raposas”, que há anos comandam o Estado e a cidade. Assim, qualquer novo nome que insurge com alguma proposta, agrada o eleitor. E esta perspectiva deve aumentar..

A metodologia dos interesses

Dois Institutos de pesquisa realizaram recentemente um levantamento a respeito do processo eleitoral para prefeito de São Luís em 2012. Os resultados obtidos pela Exata, contratada pelo prefeito João Castelo, e pelo Instituto Amostragem, contratado pelo PCdoB, do presidente da Embratur, Flávio Dino, foram de grande divergência com relação ao quadro sucessório da capital maranhense.

 Na pesquisa Amostragem, Flávio venceria no primeiro turno, com 58% das intenções de votos contra 21% de João Castelo e 6% de Max Barros. Já na pesquisa da Exata, Castelo aparece na frente, com 16%, contra 14% de Flávio Dino e 3% de Tadeu Palácio. O levantamento da Amostragem foi feito no começo do mês, mas só foi divulgado após a divulgação do levantamento da Exata, que realizou a coleta dos dados na segunda semana de dezembro.

 Outro instituto que realizou pesquisa em São Luís foi o Escutec, que só divulgará seus resultados em janeiro, quando pela legislação eleitoral já é necessário o registro da pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral.

 As discrepâncias nos resultados neste período em que as candidaturas ainda não estão formalizadas e ainda não é obrigatório o Registro no TRE, as instituições só divulgam os cenários que interessam aos seus contratantes. Quando as candidaturas já estão formalizadas, o TRE obriga as instituições a colocarem nas pesquisas os nomes de todos os candidatos registrados. Aí as pesquisas ficam mais semelhantes. Nesta época, cada um pode ter utilizado a forma metodológica que lhe foi mais interessante, dando prioridade a pesquisa em áreas que favoreçam os pré-candidatos que as contrataram, divulgando apenas os quadros favoráveis.

Mas a partir de domingo (1° de janeiro), essas anomalias serão amenizadas, já que toda pesquisa eleitoral só poderá ser divulgada com registro no TRE-MA. Os dados devem ser analisados pelo Tribunal.

Defesa da PEC da Bengala é impossível

Tatá Milhomem sem argumentos para defender a PEC da Bengala

O deputado Tatá Milhomem (DEM) participou na manhã desta quinta-feira (29) do telejornal Bom Dia Mirante para defender o projeto de Lei de sua autoria, que eleva de 70 para 75 anos a aposentadoria no serviço público, a “PEC da Bengala”. Um diretor da Associação de Magistrados do Maranhão (AMMA) participou do debate como contraponto deixando claro que a proposta é inconstitucional, por ser de exclusiva competência do Congresso Nacional.

Ao ser perguntado se a matéria seria inconstitucional, Milhomem limitou-se a dizer que inconstitucional é haver pessoas passando fome, é gente morando em rua, etc. Que ótimo que o senhor pensa assim deputado! Então porque o senhor e os demais parlamentares não se apegam em pensar propostas de Lei que ajudem a amenizar estes problemas, que são infinitamente mais sérios?

A Assembléia Legislativa está perdendo muitíssimo tempo em uma proposta que certamente será derrubada, por ser inconstitucional. O próprio deputado acabou concordando indiretamente com a oposição de inconstitucionalidade, mas insiste que a proposta é necessária. Ou seja, ele quer a pessoa trabalhando mais tempo, impedindo a ascensão dos mais jovens ao mercado de trabalho e reduzindo o tempo de descanso para os mais idosos.

Realmente, é difícil para Milhomem defender a tese que está sendo empurrada “goela abaixo”pelos deputados. O projeto ainda será apreciado em segunda votação, quando esperasse mais bom senso para que a Assembléia não aprove mais um projeto inconstitucional (uma vez que já aprovou a Resolução da farra dos municípios, que também é inconstitucional).

PSDB, PPS e PMDB devem polarizar disputa em Imperatriz

Em Imperatriz, a sucessão municipal promete ser tão disputada quanto em São Luís. Parece iminente o rompimento entre o atual prefeito Sebastião Madeira (PSDB) e o vice, Jean Carlo (PDT). Os pedetistas devem lançar o ex-vice-governador, Pastor Porto como candidato no município. A outra principal pré-candidatura é de Ildon Marques (PMDB), ex-prefeito da segunda maior cidade do Estado.

Apesar do PCdoB garantir que seu pré-candidato, o vereador Edmilson Sanches, vai entrar para ganhar, a força política dos concorrentes parece jogar a candidatura para uma quarta via, sem chances de eleição. “Estamos trabalhando fortemente para viabilizar a candidatura de Sanches, num arco de alianças que envolva outros partidos do nosso campo político. Temos dialogado com o PSB, PDT, PSOL e PPS”, afirmou Clayton Noleto, presidente do diretório municipal do PCdoB em Imperatriz.

O rompimento entre PDT e PSDB, que caminham para aliança na capital é um fato curioso em Imperatriz, onde os dois também faziam dobradinha, mas o divórcio será oficializado logo. A proximidade de Madeira com o grupo Sarney nos últimos meses afastou ainda mais os pedetistas do atual prefeito. O ex-vice-governador, Pastor Porto, que era do PDT, filiou-se ao PPS para concorrer à prefeitura, imaginando que a legenda ficaria com o atual prefeito.

Na pesquisa da Amostragem, vantagem larga de Flávio Dino

Quatro dias após a divulgação dos números do Instituto Exata que mostrava umamelhora considerável no desempenho do prefeito João Castelo (PSDB) uma nova pesquisa de intenções de voto para as eleições de 2012 foi divulgada, desta vez pelo instituto Amostragem, contratada pelo PCdoB. Nesta, Castelo está com uma diferença gigantesca para o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

Na segunda pesquisa da Amostragem, Dino aparece com 58% das intenções de voto, o atual prefeito tem 21% e o Secretário de Obras do Estado, Max Barros, ficou com 6%.

As contradições são normais, uma vez que essas pesquisas não são registradas e feitas cada uma com a metodologia mais favorável ao grupo político que contratou o instituto.

O dado mais interessante mesmo deste novo levantamento é o bom desempenho do deputado federal Edivaldo Holanda Jr. (PTC). Em um cenário sem a candidatura de Flávio Dino, Edivaldo Jr. aparece com 34% contra 29,67% dados a Castelo.

Em simulação de segundo turno entre Edivaldo Holanda Jr. e João Castelo, o deputado federal ficaria com 43,33% contra 34,33% do prefeito.

Recluso sobre as discussões quanto à candidatura, Holanda Jr. começará o ano ainda como fiel da balança para o pleito de 2012. O mistério quanto a candidatura dele e de Flávio Dino ainda deixa o tom de incerteza para a eleição.