Começou às 10h14 a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado que apreciará o nome de Alexandre de Moraes para a vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
A oposição considera impossível barrar a nomeação de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer e licenciado do Ministério da Justiça. No entanto, pretende que o questionário seja extenso, com atenção a pontos polêmicos do currículo do sabatinado. O líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), disse esperar uma sabatina longa e politizada.
Na lista de tema que senadores oposicionistas devem abordar estão a filiação do indicado, até pouco tempo atrás, ao PSDB, a acusação de que ele copiou trechos da obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente (1930-2016) e a sabatina informal a que foi submetido no barco de um senador. Também vão querer saber como ele pretende atuar como revisor das ações da Lava Jato em plenário, cargo que herdará caso seja aprovado na sabatina.
Caso seja aprovada pela CCJ, a indicação de Alexandre de Moraes será apreciada pelo plenário do Senado. Esta segunda votação poderá acontecer ainda nesta terça.
Primeiro a falar, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu o adiamento da sabatina em uma questão de ordem.
Ele argumentou que o trabalho da mulher de Alexandre de Moraes tem “tudo a ver” com a atividade de um ministro do STF.
“É exigência normativa que o sabatinado declare se exerce ou exerceu atividades públicas ou privadas que tenham relação com a sua atividade profissional”, disse o senador, que cita a declaração entregue por Moraes. “Numa rápida pesquisa na internet encontramos o escritório Barci de Moraes, do qual a esposa do sabatinado é sócia”.
Da Folha de São Paulo