Blog do John Cutrim
O empréstimo irregular concedido pelo Banco Schahin à Florida Importação e Exportação, dirigida pelo operador da família Sarney, teve como avalista Arcenio Machado, filiado ao PMDB do Mato Grosso do Sul, terra de José Carlos Bumlai, que foi diretor da Constran, adquirida por Ricardo Pessoa, que pagou propina ao secretário de Roseana Sarney para conseguir a liberação de precatórios.
Como o Antagonista publicou com exclusividade, o empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin para o PT por meio de José Carlos Bumlai integra uma lista de 24 operações de crédito irregulares que estão sendo rastreadas pela Lava Jato.
Dois desses empréstimos foram concedidos à Florida Importação e Exportação, num total de R$ 21,2 milhões. A empresa foi presidida pelo corretor Marco Antônio de Campos Ziegert, que também ocupou os cargos de vice-presidente e diretor comercial.
Ziegert já foi pego na Lava Jato por outra operação.
Ele estava com Alberto Youssef no Maranhão no dia em que a PF prendeu o doleiro. Ambos foram indiciados pelo pagamento de R$ 3 milhões em propina ao então secretário da Casa Civil de Roseana Sarney, João de Abreu, para a liberação de um precatório de R$ 134 milhões da Constran-UTC, de Ricardo Pessoa.
Ziegert, que intermediou a operação, é considerado pela PF o elo entre Youssef e a família Sarney, com quem tem uma antiga relação. Fernando Sarney, filho de José Sarney, foi padrinho de casamento do corretor.
Está claro que o Banco Schahin serviu ao PT e ao PMDB.