Crise econômica chega aos cargos públicos com corte de comissionados e congelamento de salários

Pacote de medidas foi anunciado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa

Pacote de medidas foi anunciado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa

O pacote anunciado na segunda-feira (14) pelo Governo Federal para garantir fôlego à economia brasileira prevê uma redução de R$ 26 bilhões no orçamento para 2016 e criação de mais impostos, além de contenção de despesas já neste ano como o congelamento dos salários dos servidores públicos até agosto do ano que vem, redução de concursos públicos e corte de R$ 2 bilhões em cargos comissionados e despesas administrativas.

O assunto foi destaque nos principais jornais do país, mas o esforço para tentar manter as contas em dias não é exclusividade do Governo Federal, ente que congrega o maior bolo dos impostos arrecadados. Como informou o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) após conversa com a presidente na segunda-feira, “por mais duro que seja falar em aumento de impostos, neste momento é importante discutir isso sobretudo para estados e municípios. Em alguns casos, a situação fiscal é mais grave do que da União”.

Essa gravidade é sentida em vários estados, incluindo a capital do país, Brasília, onde o governador Rodrigo Rollemberg tem dificuldades para pagar o reajuste concedido no ano passado aos servidores estaduais e já fala em congelar salários e cortar servidores comissionados para equilibrar as contas. De acordo com Rollemberg, o reajuste concedido foi mal planejado em relação ao orçamento e a situação foi agravada com a crise econômica.

Rodrigo Rollemberg será um dos apoiadores da recriação da CPMF, ele já tinha anunciado afirmado que apoiaria a recriação do imposto desde que houvesse uma divisão mais justa dos recursos para auxiliar estados e municípios. Entendimento semelhante é do governador maranhense Flávio Dino, que participou da reunião na noite de ontem com a presidente Dilma.

Maranhão

Flávio Dino tem se mostrado um aliado ferrenho da presidente desde o início do mandato na busca por soluções à crise. Ele também tem enfrentado o problema no Maranhão, onde foi constatada uma dívida bilionária, deixada pela gestão da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Em busca de soluções, ele iniciou uma série de medidas para manter a economia do estado aquecida.