Publicada nomeação de Assis Filho como secretário de Temer

O governo federal publicou nesta sexta-feira (13) no “Diário Oficial” a nomeação do novo secretário da Juventude, Francisco de Assis Costa Filho. Ele vai assumir o cargo no lugar de Bruno Júlio, que deixou a secretária após ter dado entrevista, em meio à crise no sistema penitenciário, na qual disse que “tinha era que matar mais presos” e que “tinha que haver uma chacina por semana”.

O maranhense Assis Filho é uma indicação do Senador João Alberto e o grupo Sarney ganha mais espaço no governo Michel Temer.

Acusação de enriquecimento ilícito

Mas como todo bom peemedebista, Assis tem passivos que estão vindo à tona. Como a secretaria nacional de Juventude ganhoumuita visibilidade pelas desastrosas declarações de Bruno Júlio, a imprensa nacional já está de olho na vida de Assis Filho.

O apadrinhado de João Alberto e Roberto Costa responde a processo de improbidade administrativa que causou inclusive o afastamento do prefeito de Pio XII, cidade onde Filho foi vereador. O Ministério Público verificou irregularidades R$ 2,4 milhões na contratação de funcionários fantasmas. O novo secretário nacional de Juventude seria um dos beneficiados.

Dinheiro desviado da saúde para enriquecimento ilícito e campanhas eleitorais

ricardopfNão só durante a entrevista coletiva da Operação Sermão aos Peixes que a Polícia Federal deixou claro que Ricardo Murad é o chefe da Organização Criminosa que desviou os recursos públicos da Secretaria Estadual de Saúde. No relatório da Operação, documento oficial de uma das instituições de maior credibilidade do país, a Polícia Federal descreve taxativamente Ricardo Murad como chefe de quadrilha.

Ao expor como a ICN e a Bem Viver eram utilizadas para desviar os recursos públicos, a Polícia Federal afirma: “Pode-se evidenciar que Ricardo Jorge Murad foi o grande mentor de toda complexa organização criminosa. Ricardo utilizou como estragema para ocultar o seu plano, a transferência da gestão dos recursos federais destinados à Secretaria Estadual de Saúde para instituições do ‘terceiro setor’, sob o argumento de mais eficiência na execução dos serviços públicos, mas que na verdade funcionou como estrutura de desvio de verbas com fins específicos, qual seja: financiamento de campanha e enriquecimento ilícito”.

Assim, segundo a Polícia Federal, R$ 1,2 bilhão desviado da secretaria estadual de Saúde, foi utilizado tanto para campanhas eleitorais de aliados de Ricardo Murad quanto para o enriquecimento ilícito.

Vale lembrar que o salário de secretaria estadual gira em torno de R$15 mil. Ricardo Murad possui uma mansão no Olho d’Água, mansão em Coroatá, carrões, lanchas, obras de arte e outros bens incompatíveis com o ganho.

E as campanhas eleitorais dos aliados, principalmente da filha do ex-secretário, foram faraônicas.

Saude era mesa de negociação