Governo economiza com rescisões de contratos com advogados de Roseana

Do Blog Marrapá

Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) rescindiu no mês de março um contrato milionário com o escritório de advocacia que, por coincidência, também é responsável pela defesa da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).

Logo começou a gritaria por parte dos antigos aquinhoados do poder, criticando o governo pela necessária medida de contratar dois escritórios, em valores de mercado, para suprir a deficiência do baixo quadro de procuradores do Estado, fruto do abandono da carreira pela ex-governadora Roseana Sarney.

O escritório Duailibe e Sauaia Advogados Associados foi contratado em 2011 para fazer a defesa de Roseana Sarney no TSE, no recurso contra diplomação movido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB).

Somente em 2013, quando a Procuradoria Geral da República liberou o devastador parecer pela cassação do mandato de Roseana por abuso de poder político, o Duailibe e Sauaia, do advogado Alfredo Duailibe Neto, abocanhou R$ 5,445.000,00 (cinco milhões, quatrocentos e quarenta e cinco mil reais) em contratos somente com a EMAP e com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

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A EMAP chegou a pagar a bagatela de R$ 1,5 milhão (um milhão e quinhentos mil reais) ao advogado Alfredo Duailibe Neto para fazer a defesa em uma única causa.

Enquanto o escritório de Duailibe Neto faturava seus R$ 5 milhões por ano, apenas no DETRAN e na EMAP, outros escritórios lavavam a burra com outras águas, mas isso é outra história.

No DETRAN, a economia mensal com escritório de advocacia será de mais de R$ 50 mil. Na EMAP, que a demanda é bem menor, a Procuradoria Geral do Estado deverá assumir as causas, juntamente com a assessoria jurídica do próprio órgão, dispensando a necessidade dos milionários serviços do advogado Alfredo Duailibe Neto, que terá mais tempo para cuidar da defesa da ex-governadora Roseana Sarney nos processos da Lava Jato e no Caso Constran, onde é acusada de receber polpudas propinas através do doleiro Alberto Yousseff.

Diante desse cenário, nada mais natural que os aquinhoados com os favores nos tempos dos Sarney reclamem quando medidas moralizadoras são tomadas pelo atual governo.