Do Blog do Genivaldo Abreu
Após a forte pressão exercida pela mídia não venal a respeito da crise que assola o sistema carcerário, a governadora decidiu romper a inércia que lhe é característica e mais uma vez resolveu os problemas ao seu modo: gastando mais, de maneira errada e com total descaso. Com ares de fanfarronice, anunciaram um plano que dizem ser de segurança, o qual contempla basicamente a construção de mais presídios que para ser executado necessita de mais recursos públicos e, dado o caráter de urgência dispensa licitação, um banquete perfeito para um leão insaciável.
Gastar milhões, construindo depósitos de gente com a função social de deformar ainda mais o indivíduo já marginalizado, em nada contribuirá para aplacar a violência, sobretudo urbana, nem tampouco tornará nosso estado um lugar mais seguro e menos ainda erradicará as facções criminosas que proliferam na mesma velocidade de um câncer nas periferias de São Luís. É preciso entender, acima de tudo, que a crise que assola o sistema carcerário não é uma crise penitenciária e sim uma crise sócio econômica, logo sua solução não está no presídio, mas fora dele. Porém, é justamente o oposto aquilo que propõe o plano da governadora, a qual obtusamente ela chama de PLANO DE SEGURANÇA.
Graças a sua imperícia em tratar os recursos públicos, o Maranhão atualmente é um estado falido, que recebe do governo federal muito mais do que gera internamente e constantemente recorre a empréstimos para “tocar o barco”. Isso ocorre porque nunca foi compromisso desta gestão a geração de emprego e renda, nem tampouco uma educação básica de qualidade.