Durante a investigação da Polícia Federal que resultou na Operação Sermão aos Peixes, escutas telefônicas da Polícia Federal encontraram várias irregularidades do ex-secretário Ricardo Murad, tratadas diretamente por ele e subordinados. Já em 2015, ainda usou a influência através da prefeitura de Coroatá para tentar perseguir adversários políticos, colocando em risco a saúde da população de Coroatá.

Em interceptação do dia 6 de abril, a Polícia Federal constatou que Ricardo Murad ordenou a um subordinado, provavelmente de urbanismo de Coroatá, e manda apreender os caminhões de lixo do Hospital Macrorregional de Coroatá para impedi-los de colocar os dejetos no lixão da cidade e prejudicar o governo do estado e a população (relembre o caso).

O juiz da Comarca, Francisco Ferreira de Lima, havia concedido liminar permitindo a colocação do lixo no local. Ricardo então, ligou para o subordinado e mandou apreender os caminhões ainda com o lixo em cima, até que conseguisse reverter a decisão judicial. O subordinado diz que um caminhão do Serra [empresa Queiroz Serra, que fazia a coleta em Coroatá] já estava preso e o empresário ainda tinha mais dois.

“Dá um jeito de prender ele cheio […]. É que tem uma liminar até eu derrubar ela, que permite que ele bote no lixão, só que ele não tem alvará […] Aí a ordem do juiz não vale”.