De acordo com a Folha de S. Paulo, está contido no pedido de prisão de integrantes da cúpula do PMDB, a acusação de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente José Sarney e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) combinaram versões de defesa e estratégias para evitar o avanço das investigações da Operação Lava Jato.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que os três tentavam impedir o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado de colaborar com a Lava Jato com receio de que ele revelasse o envolvimento deles no esquema de corrupção na Petrobras.
Em sua delação premiada, Sérgio Machado disse ter repassado R$ 70 milhões em propina para os três. De acordo com a reportagem, nem todos os áudios em poder da PGR, gravados por Machado com os peemedebistas, foram divulgados. Os pedidos de prisão se baseiam não só nas gravações, mas também em documentos que indicam movimentações financeiras, conforme apuração da Folha.
O procurador-geral apontou indícios de que os peemedebistas tentavam maquiar os desvios na gestão de Machado na subsidiária da Petrobras para dificultar a ação de órgãos de controle.
Renan, Jucá e Sarney negam intenção de tentar interferir nas investigações da Lava Jato e envolvimento em irregularidades na estatal.