A Força-Tarefa Previdenciária no Estado do Maranhão, integrada pela Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Previdência Social (APEGR), apresentou os números referentes às Operações Policiais Previdenciárias neste ano de 2016.
Foram deflagradas seis Operações Policiais: Operação Tânato (26/02), Operação Vínculos (19/04), Operação Intervenção (12/05), Operação Casa Cheia (24/05), Operação Vultos (19/07) e Operação Casa Cheia II (20/10).
Os esquemas criminosos desarticulados com a deflagração das operações envolviam diferentes modus operandi, abrangendo desde o saque de benefícios após o óbito dos titulares à criação de titulares fictícios para a concessão de benefícios previdenciários e assistenciais fraudulentos, principalmente das espécies Pensão por Morte e Amparo Social ao Idoso (LOAS Idoso).
Foram cumpridos ao todo 95 mandados judiciais, sendo 12 mandados de prisão temporária/preventiva, 24 mandados de condução coercitiva e 59 mandados de busca e apreensão, deferidos pela 1ª e 2ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão.
Além dessas medidas, a Justiça decretou o afastamento temporário de servidores públicos envolvidos nas fraudes e a proibição de frequentar as Agências da Previdência Social em que estão lotados.
O prejuízo total identificado é de aproximadamente R$ 9,7 milhões. Com o fim de recuperar os valores desviados, determinou-se o sequestro/arresto de bens móveis e imóveis no nome dos investigados assim como a suspensão imediata dos benefícios fraudulentos, o que representou uma economia de R$ 23 milhões aos cofres públicos.
O cálculo leva em consideração a expectativa de vida da população brasileira. Alguns dos esquemas criminosos desarticulados envolvia a manutenção de benefícios após o óbito dos titulares ou a concessão de benefícios para titulares fictícios, portanto, o prejuízo evitado é muito maior.
O resultado apresentado é consequência da priorização de investigações que envolvem associações e organizações criminosas especializadas em fraudes previdenciárias, cuja atuação acarreta graves prejuízos à Previdência Social, da utilização de ferramentas de inteligência em investigações previdenciárias, da decretação de medidas cautelares que visam a recuperação dos valores desviados dos cofres públicos e da atuação conjunta com outros órgãos parceiros, como o Instituto de Identificação do Estado do Maranhão.
O planejamento para 2017 inclui a intensificação de investigações de crimes previdenciários, especialmente de fraudes em outras espécies de benefícios e da atuação de associações/organizações criminosas no interior do Estado.
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Ex-prefeito de Buriticupu Antonio Gildan Medeiros é condenado por improbidade
A partir de ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), a Justiça Federal condenou, por improbidade administrativa, o ex-prefeito do Município de Buriticupu, Antonio Gildan Medeiros.
Segundo a ação, verbas federais repassadas pelo Ministério da Integração Nacional, que deveriam ser investidas na construção de galerias de drenagem de águas pluviais, não foram aplicadas corretamente. E, apesar dos recursos terem sido totalmente gastos, menos de 40% da obra foi realizada.
Dessa forma, o ex-prefeito do Município de Buriticupu, Antonio Gildan Medeiros, foi condenado pela Justiça Federal à suspensão dos direitos políticos por oito anos e à proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos. A Justiça determinou ainda o pagamento de multa civil no valor de 10 mil reais.
Além dessas sanções, o Tribunal de Contas da União já havia condenado o ex-gestor a devolver aos cofres do Tesouro Nacional a quantia de mais de 64 mil reais, referentes aos recursos públicos mal utilizados.
Ex-prefeito da paupérrima Cachoeira Grande condenado por improbidade administrativa
A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Cachoeira Grande, Francisco Barbosa dos Santos, o Chico Barbosa (DEM) por atos de improbidade administrativa. O ex-gestor deixou de prestar contas de recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de R$ 47 mil, repassados ao município no ano de 2008.
Sob a gestão de Chico Barbosa, o município de Cachoeira Grande recebeu, em 2008, o dinheiro provenientes do programa Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE). Mas, o então prefeito, não prestou contas da aplicação dos recursos.A omissão do ex-gestor em prestar contas foi confirmada pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), em tomada de contas especial, realizada pelo tribunal.
Para a 3ª Vara da Justiça Federal, que proferiu a sentença, ficou constatada a má-fé de Francisco Barbosa ao não prestar conta dos recursos recebidos.
O ex-prefeito foi condenado por improbidade administrativa, com as seguintes sanções: suspensão dos direitos políticos por cinco anos; proibição em contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos pelo prazo de três anos e aplicação de multa civil em cinco vezes o valor da maior remuneração recebida durante o mandato.
A pobreza castiga o pequeno município. Situado à beira do rio Munim, a 110 km de São Luís, o município de Cachoeira Grande se equivale em pobreza ao vizinho Presidente Juscelino. A exclusão social atinge 63% (5.500 pessoas) em Cachoeira Grande. Grande parte da responsabilidade por essa situação se deve a gestores não por coincidência ligados ao sarneisismo descompromissados com a melhoria das condições de vida da população e relapsos com as contas públicas.
Cachoeira Grande virou município em 10 de novembro de 1994. O antigo povoado, de mesmo nome, foi desmembrado de Morros. No último levantamento do Índice de Desenvolvimento Humano, Cachoeira Grande ficou com média baixa, IDHM entre 0,5 e 0,599.