Inaugurado com pompa e festa pela governadora Roseana Sarney, como o mais novo ponto turístico de São Luís, o espigão da Ponta d’Areia se transformou em um monumento à incompetência e ao desperdício do dinheiro público.
Encomendado pela Vale do Rio Doce e projetado pela Universidade de São Paulo (USP) para conter o avanço do erosão naquela faixa litorânea, o trabalho foi doado ao governo do Estado estabelecendo apenas a construção do quebra-mar para recompor a faixa de areia que já existia no local.
O estudo da USP não incluiu a área de lazer e previa o acúmulo de areia como um processo natural provocado pelas marés.
O projeto de urbanização, no entanto, saiu da cabeça dos gênios do governo, sem levar em conta a invasão da areia, inutilizando o que seria uma área de lazer.
O resultado é que a cada final de semana o local se transforma em motivo de decepção das famílias que ali pretendem passear e levar seus filhos.
E o que é pior: depois do mal feito tentam agora responsabilizar a prefeitura de São Luís pela retirada diária da areia acumulada no local , o que exigiria uma equipe própria para fazê-la por meio de processo mecanizado, o que penalizaria ainda mais limpeza das ruas da capital.
O espigão custou mais de R$ 32 milhões, embora não se saiba quanto custou a fracassada urbanização hoje tomada pela areia.
O certo é que a Vale do Rio Doce fez a sua parte e o espigão funciona devidamente a que foi projetado, e restará ao próximo governo encontrar uma solução para o fracassado projeto de urbanização , que por enquanto só serviu para compor a propaganda enganosa do governo.