Sarney não erra! A culpa é do revisor

O jornal O Estado do Maranhão publicou nota retificando o erro do artigo do ex-presidente José Sarney que disse que Evo Morales é presidente do Peru. O curioso é que a nota fala em erro do revisor. E este erro é inaceitável. Ora, e quem escreveu o artigo? Sarney também cometeu o erro muito mais inaceitável para quem está na política há mais de meio século e não entende da geopolítica da América do Sul.

Projeto do Espigão não incluía área de lazer, pois já previa invasão da areia

Do Blog do Raimundo Garrone

Avanço da areia no Espigão. Projeto da USP não previa área de lazer

Avanço da areia no Espigão. Projeto da USP não previa área de lazer

Inaugurado com pompa e festa pela governadora Roseana Sarney, como o mais novo ponto turístico de São Luís, o espigão da Ponta d’Areia se transformou em um monumento à incompetência e ao desperdício do dinheiro público.

Encomendado pela Vale do Rio Doce e projetado pela Universidade de São Paulo (USP) para conter o avanço do erosão naquela faixa litorânea, o trabalho foi doado ao governo do Estado estabelecendo apenas a construção do quebra-mar para recompor a faixa de areia que já existia no local.

O estudo da USP não incluiu a área de lazer e previa o acúmulo de areia como um processo natural provocado pelas marés.

O projeto de urbanização, no entanto, saiu da cabeça dos gênios do governo, sem levar em conta a invasão da areia, inutilizando o que seria uma área de lazer.

O resultado é que a cada final de semana o local se transforma em motivo de decepção das famílias que ali pretendem passear e levar seus filhos.

E o que é pior: depois do mal feito tentam agora responsabilizar a prefeitura de São Luís pela retirada diária da areia acumulada no local , o que exigiria uma equipe própria para fazê-la por meio de processo mecanizado, o que penalizaria ainda mais limpeza das ruas da capital.

O espigão custou mais de R$ 32 milhões, embora não se saiba quanto custou a fracassada urbanização hoje tomada pela areia.

O certo é que a Vale do Rio Doce fez a sua parte e o espigão funciona devidamente a que foi projetado, e restará ao próximo governo encontrar uma solução para o fracassado projeto de urbanização , que por enquanto só serviu para compor a propaganda enganosa do governo.

Erro da própria Câmara e incoerência mantêm pauta trancada

Intransigência manteve pauta da Câmara trancada

Intransigência manteve pauta da Câmara trancada. Foto: Paulo Caruá

Quanto a emoção fala mais alto do que a razão, geralmente as pessoas tomam decisões erradas. Foi o que ocorreu nesta quarta-feira (7) na Câmara Municipal de São Luís quando um rupo de vereadores estava disposto a derrubar um veto do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) ocasionado por um erro técnico admitido pela própria direção da Casa. Motivados pela emoção, o grupo de vereadores queria a força votar e derrubar o veto como se o prefeito estivesse de má vontade ao vetar.

O projeto diz respeito à concessão de Utilidade Pública de uma entidade indicada pelo vereador Josué Pinheiro (PSDC). Ocorre que toda entidade deve ter mais de um ano de funcionamento para ter a Utilidade Pública reconhecida. O documento que chegou à prefeitura estava com a data incorreta, como se a entidade tivesse sido criada em 2013. Como a prefeitura só tinha em mãos o documento da Câmara, seria uma ilegalidade conceder o titulo.

O presidente da Casa, Isaías Pereirinha (PSL) assumiu a culpa pelo erro de digitação e a data incorreta levada à prefeitura (a entidade na realidade funciona desde 2007). Neste caso, a solução legal é a manutenção do veto. Assim, o vereador Josué Pinheiro apresentaria um novo projeto com a correção e como todos já têm conhecimento do teor, a tramitação seria bem mais rápida, para aprovação no parlamento e, em seguida, no Executivo. Na mesma sessão, o prefeito já havia demonstrado que não estava de má vontade por ter voltado atrás em um veto e pedido à base a derrubada do mesmo (veja aqui)

Mas alguns vereadores imaginaram diferente e queriam que o veto fosse derrubado e o projeto fosse aprovado apenas alterando a data, o que é uma irregularidade. Sem consenso, o veto não foi votado e a pauta da Casa continua trancada até segunda-feira (12) quando será realizada nova sessão ordinária.