Estive neste domingo (2) na Feirinha do Centro de São Luís. Aliás, o evento já está sacramentado como ponto alto de Centro Histórico de São Luís aos finais de semana, dando a vida que a região tanto precisava. Agora, turistas de todas as partes do mundo podem passar um final de semana no epicentro do turismo da cidade podendo desfrutar de nossas duas maiores forças de atração: gastronomia e manifestações culturais.
Mas em se tratando de política, observei como o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, era tratado por populares ao se deslocar entre as barracas e transeuntes com seu tradicional abraço e sorriso quase hipnótico. E sempre que se aproxima de alguém parece o mesmo da campanha eleitoral de 2012, quando ainda não possuía o passivo de quatro anos e meio à frente da gestão de uma cidade cheia de problemas.
Mas quando Edivaldo caminhava entre pessoas das mais diferentes classes sociais e sem nenhum compromisso com a prefeitura e a resposta era quase sempre igual: um carinho sincero. Um carinho tão impressionante que não condiz com o número expressivo de ludovicenses que disseram não a ele em 2016 preferindo votar em qualquer desconhecido do que no atual gestor, justamente por esta associação rápida: problemas estruturais da cidade = prefeitura. E não foram poucos. 46,06% dos eleitores preferiram um candidato que só ouviram falar que existia à véspera do primeiro turno das eleições.
Tivemos em 2017 um período chuvoso dos mais rigorosos, mas que já está chegando ao fim. E com ele, os já conhecidos problemas estruturais da cidade se avivam a todos os olhares e, logicamente, causa muito incômodo levando a mente de todos a imagem do prefeito como o principal causador de suas angústias. E mesmo com todos os problemas que São Luís apresenta e nenhum gestor pode resolver em médio prazo, esta revolta continua sem se traduzir em rejeição ao prefeito nas ruas.
Edivaldo tem um capital poderoso da atração pessoal, que conhecemos como carisma, associado a imagem de probidade. Não à toa que os marqueteiros dos seus adversários na eleição orientaram os candidatos a não tentar colar a imagem de corrupto em Edivaldo, pois era inútil.
A cidade tem problemas históricos, graves e estruturais que certamente são da responsabilidade de quem está na gestão, mesmo sabendo que não é possível resolver tudo nem a médio prazo. E é claro, que não espero que as pessoas entendam. Todos têm direito de cobrar as soluções para os problemas que as afligem. Mas a vantagem de Edivaldo e que dificilmente outro gestor teria é a boa vontade da população pelo seu carisma, presença e imagem proba (hoje um requisito raro em político com mandato). Isto dá mais tranquilidade para enfrentar os problemas da cidade. Assim, outras ações como o resgate do Centro Histórico, Intervenções que mudaram o trânsito, ônibus com ar condicionado, entre outras, também podem ser lembradas para além do buraco que apareceu na porta de casa quando se pensar em prefeitura.