Governo Temer: onde Sarney mexe causa problema

Existe um dito popular de que têm pessoas que onde tocam vira ouro. Mas no caso do ex-presidente José Sarney parece que o onde toca vira problema institucional.

Desde 2017 a República Federativa do Brasil não tem ministro do Brasil. No finalzinho do ano passado, Ronaldo Nogueira pediu demissão do Ministério e o PTB indicou o nome de Pedro Fernandes para a pasta. Mas o ex-senador José Sarney vetou o conterrâneo e o PTB indicou a deputada Cristiane Brasil. Iniciou aí um problema que gera crise entre Executivo e Judiciário.

A Justiça impediu na primeira e segunda instâncias a posse de Brasil por desrespeito à moralidade administrativa, pois ela já havia sido condenada pela Justiça trabalhista. Nesta quarta-feira (14), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia, manteve a suspensão da posse.

Já na direção da Polícia Federal, a indicação foi direta de José Sarney, apesar do diretor da PF, Fernando Segovia, insistir que não teve influência do oligarca. O indicado de Sarney sofre contestação desde que assumiu.

Mas a crise com Segovia se agravou depois que ele declarou que as investigações contra o presidente Michel Temer deveriam ser arquivadas. Delegados responsáveis por inquéritos da Polícia Federal junto ao STF enviaram ofício citando possíveis ‘medidas cautelares’ para proteger investigações.

O senador Randolfe Rodrigues entrou com uma ação na Justiça na qual pede a saída de Fernando Segovia do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Onde Sarney mexeu em peças do governo Michel Temer, só gerou problemas institucionais e de moralidade.

Vingança de Sarney faz com que filha de Roberto Jeferson vire ministra do Trabalho e condenado por exploração sexual vire deputado federal

Com informações do G1

 

O veto do ex-presidente José Sarney ao nome do deputado federal Pedro Fernandes ao Ministério do Trabalho ganha desdobramentos terríveis.

Como Pedro Fernandes não aceitou ceder as pressões para apoiar a candidatura de Roseana Sarney e abandonar a aliança com o governador Flávio Dino, o parlamentar acabou tendo seu nome vetado a pedido de José Sarney.

A nova ministra do Trabalho, nomeada por Michel Temer, Cristiane Brasil (PTB), foi condenada em 2016 a pagar uma dívida trabalhista de R$ 60,4 mil a um motorista que prestava serviços para ela e para sua família, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) confirmada em segunda instância.

Segundo informações do TRT, o mérito do caso já foi julgado e a parlamentar só pode recorrer ao TST sobre o valor da indenização. O valor, portanto, ainda pode ser alterado.

De acordo com sentença de julho de 2017, a dívida de R$ 60 mil foi abatida com penhoras e era, àquela época, de R$ 52 mil. Até outubro do ano passado, Cristiane não havia comprovado o pagamento integral, conforme consta no processo.

Vale lembrar que Cristiane Brasil é filha de Roberto Jefferson, personagem símbolo do mensalão, e também é citada na delação da Odebrecht.

Para piorar a situação, com a saída da nova Ministra da Câmara Federal, quem assume é Nelson Nahin (PSD-RJ), condenado à prisão por exploração sexual de menores de idade e irmão do ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ).

Como deu para entender, essa nova “malvadeza” vingativa do oligarca de Curupu provocou mais um estrago no plano nacional e aumentou o desgaste, do golpista Michel Temer.