Áudios mostram que atos pró-impeachment do MBL foram financiados por partidos

mblimpeachmentUOL – O MBL (Movimento Brasil Livre), entidade civil criada em 2014 para combater a corrupção e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio financeiro, como impressão de panfletos e uso de carros de som, de partidos políticos como o PMDB e o Solidariedade. Quando fundado, o movimento se definia como apartidário e sem ligações financeiras com siglas políticas. Em suas páginas em redes sociais, fazia campanhas permanentes para receber ajuda financeira das pessoas, sem ligação com partidos.

Em uma gravação de fevereiro de 2016 a que o UOL teve acesso, Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz em mensagem a um colega do MBL que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando as “máquinas deles também”.
Renan diz ainda que o MBL seria o único grupo que realmente estava “fazendo a diferença” na luta em favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Em nota enviada ao UOL, Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio e informou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB,  SD e PMDB.
“As manifestações não são do MBL. 13 de Março pertence a todos os brasileiros, e nada mais natural que os partidos de oposição fossem convidados a usar suas redes de divulgação e militância para divulgar a data. Não houve nenhuma ajuda direcionada ao MBL. Pedimos apenas que divulgassem com toda energia possível. Creio que todos o fizeram”, informa nota do MBL.
O movimento negociou também com a Juventude do PSDB ajuda financeira a suas caravanas, como pagamento de lanches e aluguel de ônibus, e teria tido apoio da “máquina partidária” do DEM.
Os coordenadores do movimento, porém, negociaram e pediram ajuda a partidos pelo menos a partir deste ano. Atualmente, o MBL continua com as campanhas de arrecadação nos seus canais de comunicação, mas se define como “suprapartidário”. Aliás, a contribuição financeira concedida é vinculada ao grau de participação do doador com o movimento. A partir de R$ 30, o novo integrante pode ter direito a votos.
Já os partidos políticos que teriam contribuído com o MBL têm versões distintas para explicar o caráter e a forma desses apoios, chegando em alguns casos a negá-los. Conheça cada caso.

Batista Matos cala Fábio Câmara sobre financiamento de candidaturas

Batista Matos fala quem realmente financia campanhas no Maranhão com uso da máquina pública

Batista Matos fala quem realmente financia campanhas no Maranhão com uso da máquina pública

O vereador Batista Matos (PPS) deixou sem reação o oposicionista Fábio Câmara (PMDB) durante uma discussão sobre financiamento de candidaturas com a máquina pública.

Fábio Câmara em mais um discurso de ataque à prefeitura de São Luís, afirmava que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior estaria mais preocupado com o financiamento da candidatura do pai, Edivaldo Holanda, do que com a cidade.

O popular-socialista respondeu sobre de onde vem financiamento de fato a candidaturas de forma descarada. “O que todo o Maranhão observa de forma clara é o uso de secretarias de estado para candidaturas de secretários, de filhos e filhas de secretários. O senhor não sabe, vereador Fábio, de alguma filha de secretário sendo financiada?”.

Batista lembrou que tinha liberdade para falar, já que não apoiou Edivaldo nem faz parte da administração municipal. “Falo com tranquilidade, pois não votei no prefeito Edivaldo, não faço parte da administração, mas percebo que as verdades devem ser ditas”, pontuou.

O ex-aliado do secretário Ricardo Murad nada mais pode falar depois desta.

PMDB admite que financia movimentos contra prefeitura de São Luís

Reunião onde João Alberto fala como financiou ações contra prefeitura de São Luís

Reunião onde João Alberto fala como financiou ações contra prefeitura de São Luís

O Senador João Alberto confessou que foi o PMDB que articulou o movimento dos cooperativados realizado na porta da prefeitura com o caixão. Em reunião com ex-cooperativados da Multicooper, na sede da FETIEMA, na Praça da Bíblia, na última segunda-feira(28), o senador admitiu que o PMDB e ele próprio estavam por trás da manifestação. João Alberto já prepara o mesmo modus operante para manifestação dos professores grevistas de São Luís nesta quinta-feira (31).

“À distância participei do movimento de vocês na porta da prefeitura. Passei várias noites lá. Geralmente, eu voltava para dentro do meu carro e seguia”, disse o senador peemedebista ao lado de Fábio Câmara (PMDB), que ficou conhecido como Fábio Caixão por conta do episódio.

O senador diz ainda que seu nome não pode aparecer para que não digam que o movimento é político.

Confira o áudio da parte mais importante, onde João Alberto deixa claro que estava pro trás do manifesto:

 

“Naquele momento, era necessário que se tivesse na porta da Prefeitura, no mínimo, 500 pessoas, pai, filho, a mulher”, afirmou Alberto, pedindo votos para Fábio Câmara e seu filho João Marcelo. “Eu vou me despedir. Está entrando em meu lugar meu filho João Marcelo. Parece muito comigo. Trabalha há muito tempo comigo. Eu acho que ele não vai me decepcionar”.

Confira o trecho:

João Alberto deixa clara a politização das ações arquitetadas contra a prefeitura de São Luís. Os professores da rede municipal também preparam manifesto nesta quinta-feira com o apoio dos caciques do PMDB.

 O áudio completo está no blog do Gilberto Lima.