Flávio Dino pede participação popular para mudar modelo político do MA

Flávio Dino e Roberto Rocha durante os Diálogos pelo Maranhão

Flávio Dino e Roberto Rocha durante os Diálogos pelo Maranhão

No dia em que o movimento Diálogos pelo Maranhão completou um ano de atuação, Flávio Dino fez questão de ressaltar a importância da participação popular na construção de um modelo político com bases democráticas para o Maranhão. “Eles (grupo Sarney) dizem que o que importa é a força da máquina. Nós acreditamos e apostamos que a força do povo é maior, mais importante e a única capaz de fazer um Maranhão mais justo,” disse em evento realizado no município de Primeira Cruz.

Os eventos realizados nos municípios de Primeira Cruz, Humberto de Campos e Morros marcaram a agenda do fim de semana do movimento Diálogos. Sob a coordenação de Flávio Dino, lideranças de todo o estado contribuem para o debate sobre a realidade do Maranhão e a construção de um Programa de Governo capaz de transformar a realidade dos maranhenses.

A mobilização da sociedade tem se mostrado uma das grandes marcas do movimento Diálogos pelo Maranhão. Nos três municípios visitados no último sábado (15), Flávio Dino reuniu lideranças de diversos movimentos sociais e a classe política. Em Primeira Cruz, Dino criticou o modelo político defendido pelo grupo que hoje comanda o Governo do Estado.

Dino defende um modelo político e administrativo pautado em três grandes premissas: Democracia, Igualdade e Desenvolvimento. A partir desses valores é que ele vem discutindo soluções e práticas capazes de mudar o quadro social maranhense, melhorando os índices sociais e a vida das pessoas.

Desde o início dos debates que já percorreram todas as regiões do Maranhão, importantes propostas foram amadurecidas junto à população e aos movimentos sociais, como é o caso das soluções apontadas para a crise de Segurança Pública vivida pelo Maranhão nos últimos anos, o investimento em Saneamento Básico (sobretudo no fornecimento de água para 100% das casas) e a regionalização de universidades estaduais.

“Estamos lutando por um modelo político democrático e inclusivo no Maranhão. Um modelo que mude a vida das pessoas,” disse o pré-candidato ao Senado, Roberto Rocha, um dos idealizadores do movimento Diálogos.

Outras lideranças políticas estiveram presentes nos eventos: deputado Bira do Pindaré (PSB), Marcelo Tavares (PSB), Raimundo Cutrim (PCdoB), Domingos Dutra (SDD), Waldir Maranhão (PP), Márcio Jerry (PCdoB), Márcio Jardim (PT), Paulo Matos (PPS) e o ex-deputado Wagner Lago (SDD), irmão do ex-governador Jackson Lago.

Luís Fernando cada vez mais tenta descolar imagem do grupo Sarney

O secretário de Infraestrutura do Estado e pré-candidato a governador pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) tenta agora dissociar sua imagem do grupo ao qual pertence. Ao ser questionado sobre os indicadores do Maranhão, saiu pela tangente:  “não posso responder pelo que eu não fiz, ou pelo que alguém fez”.

Luís Fernando ficou irritado com algumas perguntas feitos pelo repórter da RedeTV de Imperatriz. Quando apertado sobre os indicadores sociais do Maranhão, tentou se fazer de desentendido “quais indicadores?”. Mas acabou afirmando que não responderia pelo que não fez, ou seja, a responsabilidade é de quem governou antes, o que inclui Roseana Sarney e outros membros do grupo que comandaram o estado. “Sou secretário de Infraestrutura do governo do Maranhão e respondo pela minha secretaria. Eu tenho que contar minha história de gestor e não a história dos outros”.

O secretário ainda tentou jogar a culpa de todos os indicadores sociais do Maranhão nos governos Jackson Lago e Zé Reinaldo, mas ao ser lembrado da idolatria do povo de Imperatriz a Jackson se retratou: “O Jackson éídolo e merece porque ajudou muito a cidade. Eu estou falando do Zé Reinaldo”. Então, Luís Fernando diminuiu o período para quatro anos.

Como este blog já vem indicando, Luís Fernando vive um dilema de como deverá ser seu posicionamento em 2014: vestir a camisa do governo ou abraçar o discurso de mudança, que é utilizado pela oposição.

Leia também: O dilema de Luís Fernando: mudança ou continuidade?

O dilema de Luís Fernando: mudança ou continuidade?

Luís Fernando precisa definir discurso: governo igual ao de  Roseana ou modelo diferente?

Luís Fernando precisa definir discurso: governo igual ao de Roseana ou modelo diferente?

O secretário de Infraestrutura do estado e pré-candidato ao governo do estado, Luís Fernando Silva (PMDB), vive um dilema sobre qual discurso irá adotar na corrida sucessória. Isto porque em alguns momentos, o pré-candidato utiliza o discurso de que “governará como Roseana”, em outros ele utiliza o termo preferido pela oposição, reforçando o discurso desta: “mudança”.

“Mudança verdadeira é a que você olha e aprova”, disse Luís Fernando quando assinou ordem de serviço para recuperação de estradas. Mas afinal, o governo é bom e se manterá como está ou Luís Fernando está mudando o governo porque estava ruim?

No final de agosto, em entrevista à rádio Mirante AM, o secretário disse que o “estilo da governadora” é o mesmo dele.

Este dilema será também o principal questionamento na campanha de Luís Fernando em 2014: discurso de mudança e um novo modelo dentro do grupo Sarney ou de continuidade porque o governo Roseana é bom? Se adotar a primeira linha, não deve colar na imagem de Roseana e se mostrar mais independente e administrador preparado ou irá dizer uma coisa e a imagem mostrar outra. Caso adote a segunda, deve mesmo colar em Roseana na mídia e parar de usar o termo “mudança” em seus discursos, pois só reforça o discurso da oposição.

Vale esperar para ver que linha o candidato Luís Fernando irá adotar ou continuará com dois.