A Operação Attalea, deflagrada na manhã desta terça-feira (20) pela Polícia Federal e resultou na prisão do prefeito de Anajatuba, Hélder Aragão, apontou fraudes na contratação de ‘empresas de fachada’ por uma quadrilha que atuava não só na prefeitura de Anajatuba.
Durante a operação, foram cumpridos oito Mandados de Prisão, uma condução coercitiva e três Mandados de Cumprimento de Medidas Cautelares Diversas da Prisão. Segundo a Polícia Federal, o esquema teria desviado pelo menos R$ 15 milhões dos cofres públicos do município, com desvios do recursosdo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As fraudes teriam ocorrido na aplicação do transporte escolar, reformas de escolas e merenda escolar.
As empresas Construtora Construir , a A4 Entretenimento, a Vieira e Bezerra LTDA M.R. e a Comércio e Serviços estão envolvidas no caso. Segundo o promotor Marco Aurélio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), algumas estradas foram pagas mas nunca construídas. Reformas em escolas e contratação de transporte escolar também não teriam sido executados.
As investigações iniciaram em 2014 e os investigadores apuraram que tanto as fraudes aos procedimentos licitatórios quanto o pagamento de valores só eram possíveis mediante a corrupção de membros da Comissão Permanente de Licitação da prefeitura, de secretários municipais e do prefeito.