Todo eleitor espera que um prefeito seja experiente e apto para enfrentar o desafio de gerenciar uma cidade. Partindo desse pressuposto, o candidato da Coligação “Por Amor a São Luís”, Wellington do Curso (PP), tem usado em seu discurso, de forma maçante, que é o mais preparado para assumir a prefeitura da capital maranhense. Nos programas eleitorais, o pepista tenta demonstrar, através de um roteiro preparado pela coordenação de campanha, conhecimento e domínio sobre mobilidade urbana, geração de empregos, saúde, segurança e educação.
Mas a tentativa de “ensaiar” o candidato tem sido frustrada, talvez pela própria coordenação da campanha, que desconhece a realidade da cidade, ou pela ousadia de Wellington de querer mostrar atitude para trabalhar. Algumas de suas propostas são inviáveis, beiram o ridículo, e podem custar caro à sua campanha.
Uma das pérolas de Wellington do Curso é a solução para o destino do VLT de Castelo. Em sua fala, durante sabatina promovida por um jornal local da cidade, o prefeiturável afirma que é possível instalar o VLT na avenida Litorânea. O veículo, que custou aos cofres públicos R$ 7 milhões, não pode ser transformado em uma espécie de trenzinho na avenida litorânea. Até os mais leigos no assunto, sabem que colocar o VLT na orla de São Luís não seria eficiente. Um investimento de milhões em benefício de poucos. Mal assessorado e demonstrando falta de conhecimento, Wellington deveria ter a consciência de que o VLT seria um importante meio de integração dos transportes, solucionando problemas de quem realmente precisa.
Também na área da mobilidade urbana, Wellington do Curso comete outra gafe, ao prometer realizar um estudo de viabilidade da implantação do passe livre estudantil. Se com o preço da passagem a R$2,90, os empresários do setor já alegam dificuldades para administrar, imagina com o passe livre estudantil. Seria um colapso no Sistema de Transporte Público da capital. Não é falta de disposição e boa vontade, trata-se de inviabilidade financeira. Tudo é um custo. Combustível, manutenção dos veículos, salário dos rodoviários, planos de saúde, ticket alimentação, renovação da frota, entre outros gastos. Se a prefeitura fosse arcar, teria que tirar milhões de outra área. O que não tem viabilidade.
Noutra proposta de campanha, Wellington do Curso promete abrir muitos postos de trabalho, facilitando a implantação da Zona de Processamento de São Luís. Além disso, o pepista garante que vai trabalhar na revitalização do Porto do Itaqui. Só não explicou como. Será que o candidato não sabe que o porto não é da competência da gestão municipal?!
Wellington do Curso não passa de um candidato com propostas mirabolantes, pois não tem a exata noção do que um prefeito faz e das responsabilidades das esferas estadual e privada. Sua falta de conhecimento na área administrativa é surpreendente. Parece que nem os vários anos de trabalho, como administrador de curso preparatório e deputado estadual, serviram para alguma coisa.