O Clã Sarney está obstinado em um alvo: federalizar o Porto do Itaqui para tomar para si a administração portuária. A Coluna do jornalista Ricardo Boechat publicou o que já era claro no Maranhão pela narrativa da imprensa sarneysta: federalizar o Porto dos maranhenses.
Como dificilmente conseguirá “fechar as torneiras” do novo governo para o Maranhão – até porque não tem quase nada para nenhum estado – Sarney planeja tomar uma das grandes fontes de receita própria do estado, dando um golpe duro na gestão do governador Flávio Dino. De quebra, consegue retomar uma grande “mina de ouro”.
A Empresa Maranhense de Administração Portuária durante o governo Roseana Sarney promovia uma farra de supersalários para aliados. A “bonificação por desempenho” é verba extra e o seu pagamento é ilegal e ocorria desde de 2010. O governo vai pedir o ressarcimento dos pagamentos ilícitos, que somente em 2013 e pagos em 2104, somaram R$ 987.358,37.
Em 2014 as bonificações alcançaram R$ 2.057.087,74 e seriam pagas em 2015, mas foram suspensas pelo atual governo evitando mais uma sangria nos cofres públicos.
Além disto, com uma capacidade excelente de lucro pelo grande potencial, é de se estranhar muito como o Porto passou a ser mais lucrativo no atual governo, no ápice da crise econômica. O lucro líquido esperado em 2015 era de apenas R$ 307 mil, segundo projeções feitas em 2014. O lucro real de R$ 68 milhões ao final de 2015. Mas porque o governo Roseana projetava sempre lucrar tão menos? Ou o lucro real era propositadamente subestimado?
O governador Flávio Dino já garantiu investimento de R$ 1,35 bilhão para o Porto do Itaqui entre 2016 e 2017, porque sabe que o Porto é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Sarney também sabe. E por isso trabalha para não permitir.