Parece despropositado o esbravejo da deputada Andrea Murad (PMDB) ontem (17) na tribuna da Assembleia Legislativa contra a CPI da Saúde. Andrea disse ter a certeza de que consegue derrubar na Justiça a CPI.
“V. Exas, vão investigar de 2009 a 2014, não sei quando, porque essa [CPI] vai ser, vamos entrar na justiça para derrubar até V. Exas fazerem uma direito”, gritou.
Andrea ainda tentou constranger os colegas de parlamento, agredindo o presidente da CPi e afirmando que esta não teria legitimidade. “isso aqui é uma revolta mesmo de uma parlamentar que foi eleita legitimamente pelo povo, legitimamente pelo povo”.
Todo o discurso de Andrea foi o para tirar a legitimidade, constranger os membros e ameaçar entrar na Justiça contra a CPI. É um discurso exatamente contrário ao de quem está sereno e tranquilo quanto à sua inocência, já que a eleição da deputada foi legítima e a administração da Saúde por Ricardo Murad foi proba.
O ex-secretário Ricardo Murad não dizia pelos quatro cantos que não tinha medo de CPI e que iria colocar todos os deputados “no bolso”? Ricardo não andou dizendo que iria constranger os membros e sair da CPI com “atestado de boa conduta”? Ele mesmo não publicou nas redes sociais que estava à disposição para prestar esclarecimentos? Qual a melhor oportunidade de esclarecer do que em uma CPI com todos os holofotes?
Por que então a mudança do discurso? Por que o medo da investigação? O mais natural de quem se considera inocente sobre uma acusação é pedir a investigação, deixar claro sua inocência.
O discuso agressivo e desproporcionado da filha de Ricardo Murad dá um indicativo do que a CPI irá encontrar sobre sua gestão à frente da secretaria estadual de Saúde.