Tentativa de ligar Flávio Dino a caos na segurança não tem fundamento, diz Justiça

Juiz eleitoral Clodomir Reis diz que Edinho usa mera suposições para acusar Flávio Dino

Juiz eleitoral Clodomir Reis diz que Edinho usa mera suposições para acusar Flávio Dino

A Justiça Eleitoral negou o pedido da campanha de Edinho Lobão contra o programa na TV em que Flávio Dino denunciou os ataques que vêm sofrendo nesta reta final das eleições. Na propaganda que foi ao ar no horário eleitoral gratuito da noite da última quarta-feira, Flávio cita o vídeo forjado contra ele.

 

A Justiça também ressaltou que não há fundamento em atribuir à campanha de Flávio Dino responsabilidade pelo caos na segurança pública maranhense.

 

No programa, Dino lembra que a TV Difusora, de Edinho, divulgou intensamente o vídeo em que um presidiário faz acusações falsas contra o candidato do PCdoB.

 

A coligação de Edinho entrou na Justiça para impedir que Dino reproduzisse novamente o material. Também disse que o apoio pessoal demonstrado por Paulo Abrão, secretário nacional de Justiça, a Dino revelaria “clara influência” do rival junto ao governo federal, da presidente Dilma Rousseff.

 

A campanha de Edinho sugeriu ainda que a coligação de Flávio Dino fosse a responsável por ataques a ônibus em São Luís. E também pela blitz da Polícia Federal no avião de Edinho Lobão nesta semana.

 

Apenas ilações

 

O juiz Clodomir Sebastião Reis, do Tribunal Regional Eleitoral, negou o pedido. “O Representante [campanha de Edinho] utiliza-se de meras suposições e ilações, sem nenhum supedâneo probatório, para atribuir ao candidato Flávio Dino a responsabilidade pelos acontecimentos mencionados, seja referente aos atos de vandalismo, violência e boatos disseminados em São Luís, seja referente à abordagem feita pela Policia Federal ao candidato Edson Lobão e membros de sua comitiva de campanha”, afirma a decisão.

 

“Ademais, quanto às ações de grupos criminosos na capital, não vejo conotação politica na medida em que é notória a crise pela qual vem passando o sistema penitenciário no Estado, o que tem culminado com reiteradas ações criminosas ocorridas nos últimos anos, não se limitando ao período eleitoral.”

 

“A utilização de tais fatos como temas de campanhas, não só pelo Representado como por outros candidatos, é justificável ante a notoriedade e repercussão que lhes foram dadas no meio social, não havendo como se estabelecer uma relação daqueles com os acontecimentos.”

Abuso de poder político e compra de votos na pauta de reunião de Governo Roseana

Do Jornal Pequeno

Ana Graziella comandou reunião sobre abuso de poder político

Ana Graziella comandou reunião sobre abuso de poder político

“Não há compra de votos que resolva Pedrinhas”. Esta foi uma das várias afirmações feitas em reunião do Conselho de Gestão Pública do Estado do Maranhão na última segunda-feira. A reportagem do Jornal Pequeno teve acesso a trechos do diálogo que aconteceu na presença de boa parte do secretariado de Roseana Sarney no início da semana. A frase acima foi dita pela chefe da Casa Civil, Anna Graziella.

Em reunião do Congep, secretários do Governo do Estado discutiram as táticas que pretendem adotar para reverter o baixo índice nas pesquisas do candidato apoiado pela governadora Roseana Sarney, o suplente de senador Lobão Filho – ambos do PMDB.

Após receberem o resultado da pesquisa Ibope que apontou crescimento de Flávio Dino e queda de Lobão Filho, os secretários se reuniram para definir que ações seriam tomadas para reverter o quadro eleitoral do Maranhão.

 

A reunião, no entanto, é de um órgão governamental e acontece em horário de expediente. Para participar desta reunião, os secretários recebem um abono do salário – chamado “jeton” – equivalente ao valor do salário de Secretário de Estado. Com ele, cada gestor de pasta passa a receber o equivalente a dois salários por mês.

 

Nas palavras da chefe da Casa Civil de Roseana, Anna Graziella, é hora dos prefeitos entrarem em campo para pedirem votos. Mas boa parte deles tem alegado não ter verba para entrar em campo, o que é contestado pela principal secretária do Governo Roseana.

 

Ela afirma que os “facilitadores” criados por Conceição Andrade deram ânimo aos prefeitos e que “esse discurso deles (prefeitos), de que não há dinheiro, é um absurdo. Apesar de não achar que campanha não só se faz exclusivamente com dinheiro, nesse sentido de compra de voto, a estrutura de Governo a estrutura de campanha tem que existir”. A afirmação pode ser atribuída a abuso de poder político – a exemplo do que ocorreu em 2010.

 

Na mesma reunião, a secretária-adjunta de Educação Conceição Andrade chegou a ir mais longe. Segundo ela, é necessário “parar com o trabalho burocrático e começar o trabalho político”. Os detalhes dados pela adjunta é que os secretários devem usar sua influência junto aos funcionários e aos cidadãos que já foram atendidos por algum serviço estatal para que reconheçam o trabalho de Roseana Sarney e continuem votando no grupo político.

 

Ela aconselha os demais secretários presentes na reunião: “Vá atrás de quem lhe deve alguma coisa. Vá atrás de suas comunidades que você serviu ao longo de 4, 8 anos. E vá atrás dos seus funcionários, das pessoas que estão sentadas a você dentro da sua Secretaria.”

 

Já Anna Graziella volta ao tema e aponta que apenas “compra de voto” não seria o suficiente para resolver o cenário eleitoral: “Mas, a gente não tem o Banco Central e se tivesse certamente a Governadora Roseana Sarney com o compromisso que tem não faria nesse governo como foi feito no outro governo. Então, essa não é a nossa realidade. O esforço, nesse sentido está sendo feito. Nós pagamos os convênios que estão em ordem nas duas Secretarias. “

 

Outros trechos fazem referência ao uso de convênios, que vêm sendo liberados nos últimos dias para prefeituras de todo o Maranhão. “O Fernando Fialho, que tem uma Secretaria gigantesca, que tá envolvida nos 216 municípios do Maranhão. Cadê essa população que nós beneficiamos? Cadê esses povoados que foram, é, é beneficiados com esses convênios firmados nesse Governo? A Secretaria de Saúde. Quantos foram beneficiados pela nossa saúde? Quantos atendimentos foram feitos na UPA?”

 

Uso do Palácio

 

Anna Graziella relata ainda as diversas reuniões acontecidas entre ela, Roseana Sarney, o ministro Edison Lobão e o senador José Sarney na sede do Palácio dos Leões. Segundo ela, os quatro têm intensificado o trabalho dentro das dependências da sede do Governo do Estado, inclusive disparando ligações.

 

“A Governadora também tá aqui agindo. Durante todos esses dias, nós todos saímos aqui do Palácio, tarde da noite. Ela fazendo ligações, ela interferindo, ela buscando estratégias ao lado do Ministro Lobão, ao lado do Ministro Sarney, tá, tá, trazendo esse ânimo que acho precisa ser refletido em todos nós. A campanha não está perdida.”

 

A reunião aconteceu entre os secretários para discutir as estratégias a serem usadas para influenciar no processo eleitoral em favor da candidatura de Lobão Filho. Além de Anna Graziella, Conceição Andrade e Joaquim Haickel, são citados no áudio como participantes da reunião José Márcio Leite (adjunto de Saúde), Fredson Froes (secretário de Cidades) e Fernando Fialho (secretário de Desenvolvimento Social).

Advogado da coligação de Flávio Dino acionará criminalmente EMA por ilações

Advogado respeitado em todo país, Carlos Lula é acusado de "pressionar" preso por depoimento

Advogado respeitado em todo país, Carlos Lula é acusado de “pressionar” preso por depoimento

O advogado da coligação Todos pelo Maranhão acionará criminalmente o jornal O Estado do Maranhão e um jornalista do matutino por ilações de que ele teria pressionado o preso André Escócio Caldas a desfazer o depoimento falso no qual acusou Flávio Dino de chefe de quadrilha.

A mídia sarneysta afirmou que o preso fez o depoimento após pressão de Carlos Lula e do delegado Jefferson Portela.

Um dos mais respeitados profissionais da área de Direito Eleitoral do Brasil e Analista Judiciário da Assembleia Legislativa do Maranhão, Lula se manifestou por meio da rede social, afirmando que sequer participou das oitivas onde o preso confessou a farsa. “Eles acreditam que podem passar impunes porque não conhecem o conceito de República. Não deixarei isso passar em branco”, afirmou.

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Zé Antônio Heluy garante que substituição de Monteiro foi legal

Zé Antonio Heluy

Zé Antonio Heluy

O ex-secretário estadual de Trabalho José Antônio Heluy (PT) enviou ao Blog nota sobre a situação de sua candidatura como suplente na candidatura majoritária de Gastão Vieira (PMDB) em resposta à publicação Votos de Gastão Vieira poderão ser inválidosO ex-secretário afirma que a substituição foi feita de forma legal e com a deliberação da direção nacional do partido.

Como é de costume, o Blog dá direito a todas as pessoas citadas de se posicionar, porém, reafirma o que foi postado. Um trecho da nota diz: “A oposição afirma que os votos dados a Gastão não irão valer”. Pelo menos da parte deste veículo, foi colocado que os votos “poderão ser inválidos”.

Uma vez que a substituição de Monteiro por Heluy foi impugnada. O suplente Raimundo Monteiro interpôs recurso no TSE para reverter o indeferimento de sua candidatura como suplente e o caso segue no TSE. A substituição que foi impugnada ainda não foi julgada e, se indeferida, permanece como suplente Monteiro, que está inelegível.

 Segue a nota:

Foi só o candidato ao Senado pela Coligação “Pra Frente Maranhão”, Gastão Vieira, liderar as pesquisas de intenção de votos que se tornou o mais novo alvo de ataques patrocinados por alguns setores da oposição. Agora, eles divulgam que “existiriam” problemas na chapa da Coligação. Esclarecemos que:

A vaga de 1º suplente da Coligação foi concedida ao Partido dos Trabalhados (PT) pelos 18 partidos que a integram. O PT, incialmente, indicou Raimundo Monteiro para a vaga. No entanto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indeferiu o registro de sua candidatura. Por sua vez, a Coligação, conforme deliberação do Diretório Nacional do PT, substituiu o 1º suplente por outro petista, o ex-secretário de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setres), José Antônio Barros Heluy. Tudo dentro das regras eleitorais, de acordo com a Lei das Eleições nº 9.504/97 e da Resolução TSE nº 23.405/2014.

A oposição afirma que os votos dados a Gastão não irão valer, porém esclarecemos que o fato não é verdade. A substituição na chapa de Gastão já foi realizada pela Justiça Eleitoral e o nome do 1º suplente, José Antônio Heluy (PT), já consta no teste de verificação das urnas. Vale relembrar, que fato semelhante foi usado, em 2010, contra Jackson Lago.

O advogado da campanha da Dilma no Maranhão, Márcio Endles, esclarece que não existe qualquer problema na chapa de senado integrada pelo PT. “Tínhamos um membro da sigla na 1ª suplência que teve a candidatura indeferida. Assim, houve a substituição por outro petista, como determina a Legislação Eleitoral. Todo o processo foi acompanhado pela assessoria jurídica do Diretório Nacional do Partido e por decisão da maior instância partidária. Qualquer ilação ou invencionice de que a chapa está irregular é sem qualquer fundamento. Uma tentativa de macular a candidatura do futuro senador Gastão Vieira, que lidera com folga todas as pesquisas”.

 

São Luís, 24 de Setembro de 2014

José Antônio Barros Heluy

 

Confira imagens da abordagem de policiais contra irmão de Flávio Dino

 

A Coligação Todos pelo Maranhão já havia denunciado a ação policial fora dos padrões contra o irmão de Flávio Dino, Saulo Dino. A coligação apresentou o vídeo do sistema de monitoramento que mostra como a blitz feita exclusivamente. As imagens mostram como os policiais não pararam mais nenhum carro e fizeram uma devassa somente no carro do irmão do candidato do PCdoB.

Mesmo de posse de todos os documentos necessários para a condução, a revista no carro passou de uma simples vistoria para uma busca minuciosa, atípica para os procedimentos comuns de abordagem, que durou mais de uma hora. Todos os documentos e caixas que estavam no veículo foram desmontados e descartados pelos agentes da operação. Tratava-se de bandeiras, panfletos e materiais de campanha do candidato Flávio Dino. 

A imagem mostra um homem do serviço velado identificado como membro do serviço velado vai até o policial para saber se deu tudo certo e parece decepcionado por não encontrar nada.

Votos de Gastão Vieira poderão ser inválidos

Do Blog Marrapá

gastaoCom a decisão do pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do último dia 11 de setembro, que indeferiu a chapa do candidato ao Senado pela coligação “Pra frente, Maranhão”, Gastão Vieira (PMDB), em razão da inelegibilidade do candidato a primeiro suplente, Raimundo Monteiro, os eleitores que optarem por votar no candidato do grupo Sarney correm o risco de terem seus votos anulados.

O indeferimento da chapa se deu em razão à impugnação da candidatura do primeiro suplente, Raimundo Monteiro, que foi considerado ficha-suja pelo TSE em razão de contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por atos de improbidade administrativa durante a sua gestão à frente da superintendência do Incra no estado. Com a inelegibilidade do candidato a primeiro suplente, a chapa inteira é indeferida, mesmo estando aptos os demais integrantes. Assim, o problema afeta o candidato Gastão Viera, que conviverá com a incerteza da validade dos seus votos.

Para piorar, Monteiro apresentou recurso no TSE contra a decisão que negou a sua candidatura. Enquanto não for julgado o seu recurso, a chapa da coligação “Pra frente, Maranhão” estará sub judice e os votos seriam anulados. Paralelo ao recurso do suplente Monteiro, a Coligação “Pra Frente, Maranhão” pediu ao TRE/MA a substituição do primeiro suplente por José Antonio Heluy. A confusão criada a partir da ficha-suja do Monteiro pode ter retirado o Gastão Vieira da eleição, pois os votos atribuídos a ele poderão ser anulados.

A impugnação da candidatura desestruturou, em poucos dias, a campanha de Gastão Vieira, que ainda enfrenta o crescimento das intenções de voto, segundo todas as pesquisas, do candidato da Coligação “Todos pelo Maranhão”, Roberto Rocha.

José Antonio Heluy como suplente está impugnado, uma vez que Monteiro ainda briga na Justiça para manter o posto

José Antonio Heluy como suplente está impugnado, uma vez que Monteiro ainda briga na Justiça para manter o posto

Coligação de Flávio Dino pede tropas federais para eleição no Maranhão

Após TV de Edinho Lobão mostrar vídeo chileno com acusações contra “Flavio Diño”, candidato pede intervenção da Polícia Federal para evitar fraudes na eleição

tropasfederaisA coligação Todos Pelo Maranhão realizou uma entrevista coletiva nesta terça-feira (23/set) para comentar o vídeo chileno divulgado hoje pela TV Difusora, de propriedade do candidato da família Sarney, Edinho Lobão. No vídeo, uma pessoa que não se identifica acusa “Flavio Diño” de fazer parte de um esquema que não é explicado. Poucas horas antes da Difusora divulgar o vídeo, o candidato Edinho afirmou que há uma “origem político-eleitoral” por trás da crise de Pedrinhas.

“Esse vídeo é uma fraude que estão usando para tetar macular a festa democrática” coordenador da coligação Todos Pelo Maranhão, deputado Marcelo Tavares. “O fato do vídeo ter sido postado no Chile já demonstra que os criminosos são os autores desta farsa”, afirmou.

“A TV Difusora do senhor Edinho Lobão é co-autora desse crime ao difundir um vídeo que não é reconhecido pela Secretaria de Segurança do Estado do Maranhão”, afirmou o presidente do PCdoB maranhense, Márcio Jerry.

Vídeo falso contra Flávio é denunciado ao MPF, PF e ao Ministério da Justiça

Membros da oposição denunciam vídeo apócrifo contra Flávio Dino.

Membros da oposição denunciam vídeo apócrifo contra Flávio Dino.

A Coligação Todos pelo Maranhão realizou entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (23) para falar do vídeo falso montado para denegrir a imagem do candidato ao governo do estado, Flávio Dino. O vídeo foi reconhecidamente falso pela Justiça, que determinou sua retirada de todos os blogs e a proibição da veiculação. Ainda assim, a TV e a rádio Difusora, de propriedade do candidato Edinho Lobão (PMDB), divulgaram o vídeo nesta terça.

O advogado da coligação, Carlos Lula, esclareceu que a Polícia Federal já investiga o caso. Também foi acionado o Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral da Justiça. A coligação também entrou contra o Google para que o vídeo seja retirado do Youtube.

Antes da coletiva, os deputados Marcelo Tavares (PSB), Ohtelino Neto (PCdoB) e Rubens Júnior (PCdoB) estiveram na secretaria estadual de segurança, cobrando apuração da secretaria. Marcelo Tavares afirmou que o secretário Marcos Affonso afirmou que desconhece a pessoa do vídeo, não sabe quem é o delegado e não existe inquérito.

O representante legal da coligação, Márcio Jerry, comparou o caso ao caso Reis Pacheco, quando em 1994, Epitácio Cafeteira liderava com folga as pesquisas e foi acusado de mandar matar Reis Pacheco. Roseana Sarney venceu a eleição e depois descobriu-se que Reis Pacheco estava vivo.  Ele alertou ara o ato da Difusora ter repercutido o vídeo sabidamente falso. “A empresa do candidato Edinho assumiu a co-autoria mantendo a divulgação depois que a Justiça já tinha proibido. Quem faz isso subestima o leitor. Agride a democracia. É meliante, é bandido e tem que ser tratado como tal. Os que tentam levar a eleição para a lama, vão continuar na lama sozinhos”.

No vídeo, um homem aparece algemado e acusa Flávio Dino de ser chefe de quadrilha e estar envolvido com ataques de bandidos em São Luís. O vídeo foi postado no Youtube em uma conta no Chile, mesmo país onde a campanha de Edinho já havia postado agressões a Flávio.

Eleição de Roberto Rocha é a garantia de Flávio Dino ter voz no Senado

Do Blog da Silvia Tereza

robertorochaflavioNo pleito que ocorre no próximo dia 5 de outubro, o cidadão escolherá, dentre os vários cargos, os senadores que representarão o país no Congresso Nacional. No Maranhão, com o intuito de mudar a política que é exercida há décadas pelo mesmo grupo, foi formada a coligação “Todos pelo Maranhão”, que de maneira unificada buscam eleger o candidato ao governo do Estado, Flávio Dino, e o candidato ao Senado, Roberto Rocha.

A unificação da oposição em prol da candidatura não somente ao governo do Estado, mas também ao Senado, demonstra a maturidade política dos partidos que integram a coligação, que compreendem a necessidade que um novo governo terá, em Brasília, por um senador que seja de sua base aliada, uma vez que atualmente, dos três senadores que representam o estado, todos compõem a base do atual governo.

Flávio Dino, que tem percorrido todas as regiões do Maranhão acompanhado do candidato Roberto Rocha, por onde passa ressalta em seu discurso a importância da mudança, também, no Congresso Nacional, colocando no poder o senador que representa a mudança. “O Maranhão precisa voltar a ter senadores que lutem pelo povo maranhense e não apenas que acatem os interesses de um grupo político. Nós queremos mudar a história do governo deste estado”, disse.

Roberto Rocha em suas visitas aos municípios maranhenses, deixa claro que existem dois projetos em disputa. “Nessa eleição só tem dois lados: o que está aí há cinco décadas e mergulhou o estado no atraso, com promessas que nunca são cumpridas e o outro é o que propõe uma mudança, um governo mais justo, um governo para os maranhenses”. Rocha acrescenta. “Eu serei, no Senado, o apoio para essa mudança, na busca de recursos para o Maranhão, para que Flávio Dino traga mais oportunidades para o nosso povo”.

Eleger Roberto Rocha vai muito além do que eleger o candidato da oposição, mas representa a confirmação real do desejo de mudança para o estado, atualmente representado apenas pelo mesmo grupo político, que há décadas impõe aos maranhenses um estado com os piores índices de desenvolvimento, apesar de ser possuidor de inúmeras riquezas.

Comitê de Edinho continua ocupando imóvel sem autorização da dona

Do UOL

Como era a casa antes e depois de o comitê ser instalado

Como era a casa antes e depois de o comitê ser instalado

O comitê de campanha do senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), que concorre ao governo do Maranhão com o apoio da família Sarney, está envolto em uma trama que mistura superstição e uma batalha judicial pela posse do imóvel.

O imóvel, localizado no bairro Olho d’Água, área nobre de São Luís, foi repassado à campanha pela imobiliária Cantanhêde e Cantanhêde Ltda., dos irmãos Valter e Wemerson Cantanhêde, a título de doação eleitoral. Na prestação de contas de Lobão Filho repassada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a imobiliária estimou a doação, por quatro meses de ocupação do imóvel, em R$ 15 mil.

A operação, entretanto, foi realizada sem a anuência da proprietária do imóvel, a aposentada Lenita Lago Bello, que foi surpreendida quando descobriu que o comitê havia sido montado na sua casa. “Quando vi tinha um comitê na minha casa, fiquei revoltadíssima, perdi noites de sono”, afirmou, em entrevista ao UOL.

Segundo a aposentada, o imóvel de 2.100 metros quadrados foi alugado para a imobiliária em julho de 2011, por R$ 5.000 mensais.

O contrato venceu em 4 de julho deste ano, mas Lenita não quis renová-lo porque, de acordo com ela, os inquilinos acumularam muitos débitos com IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) que hoje superam os R$ 50 mil.

Em vez de lhe devolverem as chaves, diz a proprietária, os inquilinos entregaram a casa para a campanha de Lobão Filho. “Eles simplesmente entraram na minha casa e ficaram”, diz Lenita, que acusa a campanha de descaracterizar o imóvel e até criar peixes na piscina.

“A casa era toda de muro. Depois que montaram o comitê, eles derrubaram todo o muro. A casa está toda devassada, um terror. Quebraram a cozinha, mudaram tudo. Quando entrei lá, tinha até peixe sendo criado na piscina”, afirma.

Ação na Justiça

Em 19 de agosto, a aposentada entrou com uma ação de despejo na 16ª Vara Cível de São Paulo. Dez dias depois, a juíza Alice Prazeres Rodrigues negou o pedido com o argumento de que a lei exige, nestes casos, que os proprietários que pedem a desocupação depositem um valor caução equivalente a três meses de aluguel.

Divulgação

Área interna do comitê

A magistrada ainda intimou a imobiliária a manifestar-se em um prazo de 15 dias. Contrariada, Lenita recorreu ao TJ-MA (Tribunal de Justiça do Maranhão).

Comitê da sorte

Em paralelo, a aposentada diz ter procurado a campanha no início deste mês para tentar chegar a um acordo extrajudicial. “Me disseram que não havia como deixar o imóvel porque a comitê já estava todo instalado”, afirma Lenita. “Me propuseram pagar, antecipadamente, R$ 10 mil por mês, durante quatro meses. Falei que queria alugar por R$ 15 mil, que é o preço do mercado, mas eles se recusaram. Falaram ‘é R$ 10 mil ou nada'”, relata.

O argumento da campanha que mais intrigou Lenita foi o de que o comitê não poderia sair da casa porque o espaço foi escolhido principalmente para dar sorte ao Lobão Filho. Isso porque o mesmo imóvel abrigou os comitês de Jackson Lago (PDT), eleito governador em 2006, e de João Castelo (PSDB), vitorioso na campanha pela Prefeitura de São Luís em 2008. “Eles cismaram que essa casa dava sorte e que o comitê tinha de ser lá.”

Segundo Lenita, o dinheiro prometido pela campanha não foi pago até agora. “Eles sumiram, nunca mais me procuraram.”

 Outro lado

Procurada pela reportagem, a campanha de Lobão Filho diz que o uso do imóvel foi autorizado pela imobiliária desde o início e que a cessão da casa foi feita legalmente. O assessor de campanha do candidato afirmou que há um “acordo sendo costurado entre a imobiliária e proprietária”, mas que não tem detalhes sobre a negociação.

“A relação do comitê é com a imobiliária, que cedeu o imóvel, dentro da legalidade. O acordo negociado entre imobiliária e proprietária deve resolver todos os detalhes que, eventualmente, estejam pendentes”, disse.

A reportagem ligou várias vezes para o celular de Valter Cantanhêde ao longo da última semana, mas ele não atendeu a nenhuma ligação. Wemerson Cantanhêde foi procurado pelo Facebook, mas também não respondeu aoUOL.