O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, entregou nesta quinta-feira, durante reunião do Comitê Executivo da Conmebol, uma carta de renúncia ao Comitê Executivo da Fifa. Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, foi indicado por Del Nero para ser seu substituto e foi aceito pelos dirigentes sul-americanos. A confirmação oficial da entrada de Sarney na Fifa se dará na próxima reunião em Zurique, semana que vem.
Del Nero assumiu a cadeira na Fifa após a renúncia de Ricardo Teixeira, em 2012. Mas decidiu não sair mais do Brasil desde que José Maria Marin, ex-presidente da CBF, foi preso em Zurique, às vésperas da eleição da Fifa, por ser acusado de receber propina.
Del Nero não tem nome citado nas investigações do FBI, mas um co-conspirador com as mesmas credenciais dele até então – dirigente da CBF, da Conmebol e da Fifa – teria pidido o dinheiro do suborno recebido por Marin.
Os cartolas sul-americanos ainda estão reunidos na CBF, onde chegaram às 9h, e também almoçaram na entidade.
Novo representante sul-americano na Fifa, Fernando Sarney – filho do ex-presidente José Sarney – tem 60 anos e é vice da CBF para a região Norte.
Atendendo a um pedido do meu amigo Clodoaldo, assumi o Blog por 15 dias. Foram momentos de aprendizado e uma experiência nova como editor de um dos Blogs mais acessados do Maranhão. Apesar de já trabalhar alguns anos no jornalismo e há tantos outros com política, agradeço a oportunidade e fico com a certeza que fiz o melhor que pude. Procurei seguir a linha editorial do Blog do Clodoaldo, com total liberdade, mas com muita autonomia e coerência das minhas convicções politicas e ideológicas.
Hoje Clodoaldo assume as rédeas novamente. Se vocês quiserem acompanhar meu trabalho, sou comentarista de política da TV Assembleia. Com um quadro semanal que lê, ou melhor, tenta ler, a conjuntura política do Brasil e do Mundo.
Me despeço com meu último texto sobre as disputas políticas na FIFA e as possibilidades do ex-jogador Zico de ocupar o cargo de Presidente da instituição que controla o futebol mundial. Se preferirem podem assistir o vídeo do “quadro” no youtube. Um forte abraço a todos.
Por Gregório Dantas – Jornalista da Assembleia Legislativa
Hoje vamos falar das disputas de poder político na instituição que controla o
futebol mundial e a maior parte do dinheiro que circula pelo esporte mais praticado do mundo.
Na semana passada, o Comitê de Ética da Fifa anunciou a suspensão, por 90 dias, de Joseph Blatter, presidente da Fifa, Michel Platini, presidente da Uefa, e Jérôme Valcke, ex-secretário-geral da entidade mundial. O afastamento dos homens-fortes do futebol no planeta pode ser estendido por mais 45.
O comitê tomou a decisão por conta das investigações e das acusações de corrupção envolvendo os três. O pré-candidato à presidência Chung Mong-Joon foi banido por seis anos por má conduta no processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022.
A decisão do Comitê atinge a candidatura de Platini a presidência da Fifa. A eleição está marcada para o dia 26 de fevereiro de 2016 e as chapas devem ser oficializadas até o dia 26 deste mês – quando o francês ainda estará afastado das atividades no futebol. Os outros pré-candidatos são o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein, o presidente da federação da Libéria, Musa Bility e os ex-jogadores David Nakhid e Zico.
O brasileiro sai fortalecido com o afastamento de Platini. Com propostas progressistas, Zico se transforma no favorito a vencer o pleito. A Democratização das eleições à Presidente da FIFA; o direito a voto para jogadores, ex-jogadores, técnicos, imprensa e árbitros; a modificação do processo de revisão das regras do jogo e o uso de tecnologia para auxílio à arbitragem são algumas das propostas do galinho.
Acredito que uma vitória de Zico seria muito boa para o futebol mundial e um alento para nós brasileiros, pós 7 a 1. Uma possibilidade real de mudança em uma instituição comprovadamente corrupta e repleta de pessoas que entendem muito de negociatas, mas que de futebol, não entendem nada.
Vamos deixar o futebol com quem entende e ama o esporte. Nesta disputa esportiva, barra, política eu sou mais Zico. Sou mais futebol.