Marcos Pacheco: “Maranhão pagar o Piauí para atender seus pacientes é atestado de incompetência”

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O secretário estadual de Sáude, Marcos Pacheco, esteve na tarde desta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa, onde demonstrou os dados da secretaria que recebeu com mais de R$ 150 milhões de restos a pagar. Sobre os recursos destinados a Caxias, que a deputada Andrea Murad tanto reclamou, Pacheco afirmou que é justamente um investimento que terá que ser feito para acabar com uma vergonha para o estado.

“Precisamos criar uma barreira assistencial com reforço em Timon e em Caxias, independente de quem seja o prefeito. É preciso parar de ter maranhenses atendidos em Teresina para que ao invés de aplicarmos os recursos aqui em nosso estado tenhamos que mandar para outro. Passar os recursos para o Piauí é assinar um atestado de incompetência”, afirmou.

Terceirizados em dia

A deputada Andrea Murad voltou a dizer que a secretaria estaria atrasando salários dos funcionários terceirizados, salários que ficaram atrasados pela gestão do pai da deputada e tentou fazer alarde de risco de greve. “Não há nenhum indício de greve. As folha das OSCIPS estão em dia. Mesmo com dívida milionária e com a folha atrasada pela gestão anterior, regularizamos o pagamento”.

Antedimento das UPAs

O secretário Marcos Pacheco admitiu que hoje as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão mais lotadas do que no ano passado. Mas explicou os reais motivos. Além de um momento de saúde complicado, a barragem da gestão anterior aos serviços para pacientes que chegavam em ambulâncias do SAMU, para prejudicar a prefeitura de São Luís, mantendo os Socorrões lotados e as UPAs com uma demanda muito menor. “Estamos em um momento de sazonalidade por conta de uma virose que está grande, e logo vai passar. E o principal é que hoje não fazemos seletividade de demanda. A UPA é aberta e vai continuar a aberta para quem chegar, não importa se em ambulância do SAMU, onde for. Os Socorrões sempre carregaram o excesso de demanda nas costas. Hoje, o hospital Carlos Macieira também tem excesso porque abrimos a todos”, afirmou.

Leite especial

Sobre o risco doo abastecimento de leite especial e os problemas comunicacionais quanto à licitação, Pacheco explicou que o leite que está sendo entregue ainda é saldo de estoque e que houve de fato um erro de digitação quando se comunicou que a licitação seria em um domingo. “Ainda não foi licitada nova empresa. Graças a Deus, tínhamos ainda saldo de entregue, que nos foi entregue e o fornecimento prossegue. este saldo dá pra cerca de 60 dias. Até lá concluímos a licitação emergencial”.