A filha do ex-secretário adjunto de saúde, Márcio Leite, a procuradora Ministério Público de Contas, Flávia Gonzalez Leite, entrou com representação contra a licitação das OSCIPs da secretaria estadual de saúde por conta dos argumentos pífios das empresas ligadas ao PSDC que tentam “melar” a licitação (relembre aqui).
O curioso é que Flávia não via problema e nunca questionou os milionários contratos da secretaria estadual de saúde na gestão passada. E o pior, não questionava o fato dos contratos serem assinados pelo irmão, Márcio Gonzales Leite, nomeado na SES em um nítido caso de nepotismo.
Márcio Gonzalez Leite foi nomeado pela governadora Roseana Sarney em 26 de maio de 2011, quando seu pai já era adjunto da SES, nomeado desde fevereiro de 2011. Em apenas um aditivo, foi destinado mais de R$ 8 milhões para o ICN assinado pelo filho Márcio Leite. Nestes contratos, todos sem licitação, a irmã não via problema.
Flávia Leite e os outros três procuradores ligados ao grupo Sarney que assinaram documento contra licitação, deveriam aproveitar a disposição do momento para questionar o uso de helicópteros alugados pela secretaria estadual de saúde na campanha da candidata a deputada Andrea Murad. Fato concreto e comprovado de ilegalidade que poderia resultar até na cassação do mandato da deputada.
A gestão anterior teve centenas de contratos sem licitação, de valores altíssimos e altamente questionáveis. De repente, o MPC questiona a realização de uma licitação com ampla divulgação. Pra lá de estranho.