Política maranhense em notas

Edinho vetado na Executiva do PMDB

edinhonotreO candidato a governador do Maranhão nas últimas eleições pelo PMDB, Edinho Lobão, está com o prestigio em baixa na legenda. Edinho foi vetado para ser membro tanto da Executiva estadual quanto da municipal do partido pela própria Roseana Sarney. O presidente do partido, senador João Alberto, obedeceu ao pedido da governadora para não deixar o empresário na cúpula. Questionado por um interlocutor da possibilidade de Edinho na Executiva, João Alberto citou um comportamento pessoal inadequado e disse que o ex-candidato a governador não tinha estatura moral para tanto.

PMDB prepara golpe em Dilma

Cúpula do PMDB já começa a discutir partilha dos cargos  federais que ainda pertencem a SarneyJá no âmbito nacional, o partido do vice-presidente se prepara para dar um “chapéu” na presidente Dilma e lançar candidatura própria a presidente da República. O congresso nacional da legenda será em agosto e, segundo o líder do partido na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), um entendimento é pacífico: o PMDB precisa – até por razões de manter o partido unido, grande – ter um projeto próprio depois de 24 anos.  Entre os nomes mais cotados pela cúpula partidária estão o do vice-presidente da República Michel Temer, o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Wellington na contramão de todos sobre Pedrinhas

O deputado Wellington do Curso (PPS) ficou sozinho em seu discurso de “superlotação” e “clima de horror”, “rebeliões” na penitenciária de Pedrinhas, contrariando o parecer do presidente da CPI do sistema carcerário na Câmara Federal, Alberto Fraga (DEM-DF) que elogiou a evolução do cenário no Maranhão. “O Maranhão tem sofrido com superlotação, mortes, rebeliões, fugas  e precariedades na estrutura das unidades”. Todos estes números reduziram e não houve rebelião este ano. A deputada Eliziane Gama (PPS-MA), com autoridade de quem conhecia de perto a penitenciária na gestão anterior, reconheceu a melhoria da superlotação. Quem conhecia o “Inferno na Terra” de Pedrinhas e esteve na visita, percebeu a enorme diferença.

Pesquisas das eleições municipais

Estamos a um ano da realização das convenções partidárias. Por isso, a movimentação é grande para saber como o eleitorado está e o ainda pré-pré-candidato decidir se entra ou não na disputa. O instituo Exata, por exemplo, está realizando pesquisas em quase todos os municípios. Para os contratantes que tiverem resultados positivos, deve haver divulgação. Mas estando ainda tão longe da eleição, as pesquisas servem para apontar caminhos neste momento, que pode ser até não disputar.

Um deles estará na corte do TRE para 2016

240615 Ângela Salazar e Ricardo DuailibeA corte do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão elegeu dois novos membros substitutos na categoria desembargador. Ângela Salazar e Ricardo Duailibe foram eleitos. A princípio, a eleição não parece ter tanta importância, já que as decisões do TRE são tomadas pelos membros titulares e os suplentes só assumem em eventualidade. Mas o mandato de Guerreiro Júnior termina em dezembro de 2015. Assim, um dos dois irá assumir vaga na Corte Eleitoral para atuar nas eleições de 2016, já que em geral, a eleição só endossa a vaga do suplente. Lourival Serejo, que era suplente, assumiu a titularidade até fevereiro de 2017.

Rose e a bandeira da educação?

rosesalesA vereadora professora Rose Sales (PP) no intuito de prejudicar a gestão do prefeito Edivaldo tentou prejudicar toda a educação de São Luís. A progressista tentou de todos os modos barrar a votação do Plano Municipal de Educação de São Luís, sendo que nesta quarta-feira (24) era o último dia do prazo. Pode-se argumentar que chegou muito próximo do prazo final. Mas praticamente todos os municípios estão votaram esta semana. Até o início desta quarta, 51% dos municípios brasileiros. Vale ressaltar que se não fosse aprovado no prazo, São Luís receberia sanções e a educação ficaria prejudicada. A disputa política não pode interferir nos interesses da população. Principalmente na bandeira de um político.

Flávio recebe propostas de prefeitos do Leste

Foto4_NaelReis - Governador recebe prefeitos do ConlesteO governador Flávio Dino recebeu, na tarde desta terça-feira (23) os prefeitos que fazem parte do Consórcio Público Intermunicipal das Mesorregiões Norte e Leste Maranhense – Conleste. O encontro foi marcado pelo apoio do Estado no fortalecimento dos municípios e do desenvolvimento regional, bem como ações de cooperação entre os governos estadual e municipais. O Conleste entregou ao governador um acordo de cooperação e desenvolvimento que ratifica o “sentimento de profunda confiança e solidariedade institucional com os projetos e propostas emanados do novo governador e do novo Governo do Maranhão”. O pacto prevê a participação do Consórcio na concepção de políticas públicas, no diálogo permanente e na colaboração com ações do Estado.

Pesquisas Eleitorais

Carlos Eduardo Lula

LulaEstamos a pouco menos de um ano do primeiro turno das eleições de 2014, mas já bombardeados por uma série de pesquisas sobre o voto para as eleições federais, estaduais e, em alguns casos, mesmo para o Poder Legislativo, algo não usual.

As pesquisas eleitorais, em tempos em que fazer política tornou-se uma profissão, são responsáveis pela definição de estratégias de campanha. Atacar um adversário, lançar mais um candidato para divisão de votos ou investir em determinado segmento social são atitudes definidas cada vez mais apenas pelos institutos de pesquisa.

Se em ano não eleitoral as pesquisas podem ser divulgadas sem qualquer critério – em muitos casos, sequer com divulgação da margem de erro – a divulgação em ano eleitoral da projeção e da simulação de prognósticos sobre o resultado das urnas possui uma série de condicionantes.

Se em ano não eleitoral, as pesquisas podem ser divulgadas sem prévio registro, a partir 1º de janeiro do ano de 2014 o registro das pesquisas torna-se obrigatório para que ocorra sua divulgação pelos órgãos de imprensa.

A multa em tais situações é elevadíssima.  Caso haja divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações em ano eleitoral, o responsável fica sujeito a multa no valor de cinqüenta mil a cem mil UFIR, o que em nos dá uma variação entre R$ 53.205,00 e R$ 106.410,00, nos termos do §3º do art. 33 da Lei nº. 9.504/97. Mesmo um blogue com poucos acessos ou um pequeno jornal está sujeito a tais penalidades.

A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral também se sedimentou no sentido de que a sanção prevista no §3º do art. 33 da Lei das Eleições aplica-se, não apenas à pesquisa não registrada, mas também à que, supostamente registrada, não obedeça aos requisitos previstos em lei. Essa é a situação mais usual, com jornais e revistas não tomando o cuidado necessário para a divulgação de tais informações.

Assim, conforme resolução do TSE, serão obrigatoriamente informados na divulgação dos resultados de pesquisas ocorridas em ano eleitoral: 1) o período de realização da coleta de dados; 2) a margem de erro; 3) o número de entrevistas; 4) o nome da entidade ou empresa que a realizou e, se for o caso, de quem a contratou; 5) o número de registro da pesquisa. Todos esses dados são indispensáveis e sua não divulgação pode implicar, como alertado, na imposição de multa ao órgão de imprensa.

É também obrigatória a observância do prazo de cinco dias entre o registro da pesquisa e sua divulgação, uma vez que o entendimento do TSE é de que a lei sanciona tanto a ausência do prévio registro das informações quanto a divulgação antes do prazo.

Importante destacar que a veiculação de pesquisa irregular sujeita o responsável pela divulgação às sanções do §3º do art. 33 da Lei das Eleições, não importando quem a realizou. A penalidade, portanto, pode se voltar contra a empresa ou instituto que realizou a pesquisa; contra quem contratou a coleta de dados; contra candidatos, partidos políticos, coligações e terceiros que divulgam pesquisa sem registro, inclusive empresas responsáveis por meios de comunicação. Mesmo nos casos de mera reprodução de conteúdo, como a divulgação de pesquisa já publicada em outro jornal, por exemplo, o veículo de comunicação social deve arcar com as consequências pelo que publica, o que torna indispensável a observância de todos os requisitos acima elencados.

Por fim, deve-se alertar que pesquisa eleitoral não se confunde com enquetes ou sondagens, muito comuns em blogues políticos, as quais não necessitam de registro perante a Justiça Eleitoral. O que as diferencia das pesquisas é o fato de não seguirem metodologia científica.

Mas nesse caso, na divulgação de resultado de enquete deverá constar de forma clara a informação de que não se trata de pesquisa eleitoral, mas de mero levantamento de opinião, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico para sua realização e depende somente da participação espontânea do interessado.

A veiculação de enquete sem o devido esclarecimento de que não se trata de pesquisa eleitoral também autoriza a aplicação da multa prevista no §3º do art. 33 da Lei das Eleições, no valor mínimo de R$ 53.205,00.

Tamanha rigidez no controle estatal só pode ser entendida como uma tentativa de evitar o desvirtuamento da vontade popular, o que poderia ocorrer por meio de marketing eleitoral travestido de pesquisas. Ao estabelecer tantas regras disciplinando a divulgação de pesquisas em ano eleitoral, o intuito do legislador foi evitar a manipulação de dados com potencial de influenciar a vontade do eleitorado. Para que não tenham de arcar com multas de valor tão elevado, os meios de comunicação devem estar atentos para todas essas regras.

Carlos Eduardo Lula é Consultor Geral Legislativo da Assembleia do Maranhão, Advogado, Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MA e Professor Universitário. Escreve todas as terças para O Imparcial e Blog do Clodoaldo Corrêa.

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