O presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, teve a candidatura a suplente de senador deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nesta terça-feira (5). Mas a situação foi bem estranha e o petista foi salvo pela corte eleitoral no último instante.
O relator do processo, Daniel Blume, votou pelo deferimento da candidatura. Mas o desembargador Guerreiro Júnior abriu a divergência votando contra o registro da candidatura do suplente que tem contas rejeitadas pelo TCU. Acompanharam a divergência os juízes eleitorais Alice Rocha, José Eulálio e Ricardo Felipe Macieira. O relator foi acompanhado por Eduardo Moreira.
O presidente do TRE, Froz Sobrinho, iria declarar o indeferimento da candidatura de Monteiro com a votação de 4 a 2 dos membros do TRE. Porém, quando ele começou a falar, a juíza Alice Rocha pediu a palavra e disse que tinha mudado de ideia. A juíza disse que depois de ouvir o voto de Eduardo Moreira pensou melhor e mudou o voto, a favor do registro de Monteiro.
Com a mudança de voto, a votação ficou 3 a 3. Então o voto de minerva ficou nas mãos do presidente Froz Sobrinho, que votou a favor do petista. Virada por 4 a 3.
Caso vai para o TSE
Após o julgamento no TRE, o caso de Monteiro será julgado agora pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A candidata que impugnou o petista, Valéria Campos, já declarou que irá recorrer ao TSE. O Ministério Público, que também impugnou o candidato, deve como de praxe recorrer à próxima instância.