Eduardo Braide esquece das crianças e faz politicagem com os poucos grevistas

A tribuna da Assembleia Legislativa é um local destinado aos deputados para defenderem as ideias que devem buscar sempre o melhor para a coletividade. Na contramão dessa regra está o deputado Eduardo Braide (PMN), que não foi feliz ao defender a greve de membros do Sindicato dos Professores do Município (Sindeducação), no lugar de defender o direito ao estudo.

Em discurso no “acampamento” grevista, Braide disse que na paralisação os alunos não são mais os prejudicados e sim os professores. “Os mais prejudicados em uma greve dessas são os professores, porque se paralisarem as suas atividades, a Lei de Diretrizes e Bases estabelece que você tem que ter no mínimo 200 dias de aula por ano. Quem acaba pagando isso por ter que voltar para sala de aula quando poderia estar de férias ou outro período, são exatamente os professores”, disse o parlamentar.

O que Braide esquece é que quando os manifestantes deixam de estar nas salas de aula, as crianças do ensino fundamental que deixam de ter seu direito à educação garantido.

Além disso, o deputado também não percebe que a paralisação é ilegal por decisão do Tribunal de Justiça. O desembargador Ricardo Duailibe determinou o retorno dos grevistas às salas de aula para não prejudicar o calendário escolar dos estudantes.

Braide somente considerou válida a decisão do TJ na época em que quase a totalidade dos professores da rede municipal de ensino paralisou suas atividades por quase seis meses na gestão do então prefeito João Castelo, de quem o deputado do PMN foi secretário. Após se tornar deputado estadual, em 2010, Braide nunca fez qualquer referência a favor dos professores municipais para não desagradar o aliado.

Ou seja, Eduardo Braide acaba demonstrando que, na verdade, todo o seu discurso é para benefício político próprio e não pela causa dos professores.

A posição de antes e a posição tomada agora acabou levando o deputado Eduardo Braide a receber críticas nas redes sociais pela sua presença em atos do Sindeducação, que ocupam a sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), atrapalhando o andamento do trabalho na pasta.

Professores comentaram na publicação da imagem de Braide com Elizabeth Castelo Branco que a presença do deputado deixa o movimento grevista como um movimento político. “Assim realmente fica parecendo greve política”, criticou uma internauta. Outra professora chamou o deputado estadual de oportunista. “Não concordo com a presença de possíveis oportunistas”.

Parece que o tiro saiu pela culatra. No lugar de agregar ao movimento, que desde o início tem pouquíssima adesão, a presença de Braide rachou ainda mais a categoria.

Pais de alunos protestam contra presidente do Sindicato dos professores

Um grupo de pais de alunos da rede municipal de ensino esteve na Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira (22) protestando contra a presidente do Sindicato dos Professores, Elizabeth Castelo Branco.

Os pais de alunos estão revoltados porque em muitas escolas o reflexo da greve ainda é grande e a reposição lenta ou inexistente. Com cartazes “Fora Elizabeth” e “greve Nunca mais”, os pais reclamaram da condução da atual presidente e do prejuízo para os alunos.

Ao chegar, a presidente foi vaiada e rapidamente deixou o local. Ela já estava se dirigindo ao parlamento para nova onda de reclamações, mas saiu à francesa.

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Elizabeth mostra que a greve do Sindicato dos professores é política

Elizabeth Castelo Branco em sintonia com a TV Difusora

Elizabeth Castelo Branco em sintonia com a TV Difusora

Está mais do que provado que a greve do sindicato dos professores de São Luís é política. E quem acusou o golpe foi a própria presidente do Sindicato, Elizabeth Castelo Branco, em discurso na manhã desta quinta-feira (14).

Ao falar na porta da prefeitura sobre o caso, a presidente do Sindicato enfatizou: “se está desse jeito aqui na prefeitura, imagina no governo com Flávio Dino!”. Qual a relação de Flávio Dino e da eleição estadual com o “pleito” do Sindicato dos professores?

A manutenção do pequeno grupo está sendo amparada pela alta cúpula do PMDB. Em especial pelo senador João Alberto e pelo vereador Fábio Câmara. Carro da assessora de Câmara, plotado com a propaganda do candidato estava dando assistência no momento da invasão na noite de ontem (13).

A TV Difusora, de propriedade do candidato ao governo, Edinho Lobão (PMDB), foi a primeira a chegar ao local (aparentemente já tinham conhecimento de que a invasão iria ocorrer). O blog apurou que a ordem da emissora é que todos os veículos do sistema permaneçam em vigilância no local.

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

Carro da assessora de Fábio Câmara dá assistência ao sindicato

A ideia de invasão da prefeitura é para que Edinho usasse o fato no debate da TV Guará, que foi adiado, e aproveitasse imagens e depoimentos para o horário eleitoral, que começa na próxima semana. A coordenação de campanha do candidato do grupo Sarney espera que com o evento, tenha substância para um impacto na candidatura de Dino já nos primeiros programas da TV.

Vale lembrar que a Justiça já decretou a greve ilegal e determinou o retorno imediato das aulas.