O Blog inicia hoje a Retrospectiva 2014 com uma síntese do que de mais importante ocorreu na política do Maranhão e em alguns assuntos gerais de maior relevância. Nos próximos seis dias, haverá posts retratando os acontecimentos de dois em dois meses. Confira:
Janeiro
O ano começou com clima quente pela possibilidade de Roseana Sarney deixar o governo do Maranhão para se candidatara a Senadora. A disputa entre Arnaldo Melo e Luís Fernando Silva pelo mandato de governador a partir de abril começava a causar rusgas dentro do grupo Sarney.
A crise no sistema penitenciário do Maranhão com as primeiras mortes dentro de Pedrinhas logo no início do ano. A crise começou a aumentar até sair do controle e tomar conta das ruas com a guerra das facções. O estopim da crise foi a morte da menina Ana Clara, queimada em um ataque de facção a um ônibus em São Luís no dia 6 de janeiro. O Maranhão entrou no foco da imprensa nacional.
No dia seguinte, a governadora fez o pronunciamento conhecido como “estou revoltada”. Mas o clima de pânico continuou com paralisação do transporte público e decapitações no presídio. Em meio ao caos, Roseana Sarney promoveu a licitação para 80kg de lagosta, depois de descoberta pela imprensa, cancelada.
Movimentos sociais protestaram pedindo paz e a saída de Roseana. Entidades solicitaram a intervenção federal no Maranhão. Um grupo de advogados pediu o impeachment da peemedebista. Arnaldo Melo arquivou o pedido.
Em meio a crise, eis que surge Edinho Lobão dizendo que Pedrinhas deveria ser implodida. Foi montada uma Comissão Estratégica que muito prometeu e pouquíssimo fez.
No âmbito municipal, a vereadora Bárbara Soeiro (PMN) foi absolvida de um processo de cassação. A vereadora Helena Duailibe deixou o parlamento para assumir a secretaria municipal de Saúde. A prefeitura, se destacou pelas obras de canais na cidade no início do ano.
Fevereiro
O pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, retomou o movimento Diálogos pelo Maranhão no final de janeiro em Codó. Em Urbano Santos e Coelho Neto, a receptividade também foi calorosa dos movimentos sociais.
A governadora Roseana pressionava desde o início do mês para que os seus secretários que seriam candidatos nas eleições de outubro adiantassem a desincompatibilização e entregassem os cargos. Ninguém deu bola e os secretários-candidatos aproveitaram o cargo até o limite.
A Assembleia Legislativa, agitada pela possibilidade de eleição indireta para governador, reformulou os blocos da casa com a divisão de Blocos governistas que queriam ter mais líderes e mais vozes para as discussões com a Casa e o Palácio dos Leões.
Como era esperado, Raimundo Monteiro foi oficializado presidente estadual do PT pela Executiva nacional com o aval do então vice-governador Washington Oliveira. A eleição realizada em 2013 estava sendo questionada pela chapa de Henrique Souza.
Nas primeiras pesquisas para o governo do estado naquela época em São Luís, Flávio Dino e Roberto Rocha já lideravam para o governo e o senado respectivamente.
Policiais Militares e Bombeiros reduziram as atividades em operação Tartaruga e fizeram protesto em frente ao Palácio dos Leões. Os militares pediam reajuste de 18%.
Arnaldo Melo reforçou a arregimentação de um grupo de deputados para “bater o pé” e não abrir mão de ser governador tampão. A oposição naturalmente já o apoiava de graça para não ter Luís Fernando eleito.