Dois maranhenses no centro do debate que pode cassar Michel Temer

O julgamento da chapa Dilma-Temer coloca frente à frente dois juristas maranhenses. No primeiro dia do julgamento, o advogado Marcus Vinícius Coelho, ex-presidente da OAB nacional, fez a sustentação oral na defesa do presidente Michel Temer. Outro maranhense do lado oposto ao advogado é o vice-procurador geral eleitoral, Nicolao Dino.

Nicolao Dino afirmou que a campanha eleitoral que elegeu a ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente Michel Temer em 2014 tinha como pano de fundo “um fabuloso esquema de apropriação de empresas públicas”.

Dino se manifestou pela cassação do mandato de Temer e pela inelegibilidade de Dilma por 8 anos. Para ele, não se pode separar a chapa.

O advogado de Temer concentrou sua explanação de ontem no fato de que as delações da Odebrecht não poderiam ser usadas por não estarem na inicial. “Estamos diante de uma matéria clara de alargamento da causa, que não é possível. Não é possível apenas como tese processual. Essa matéria foi resolvida no âmbito deste tribunal, nesta causa.”

O embate recomeça nesta quarta-feira (7).

O Blog separou um pequeno trecho das falas de Nicolao e Marcus Coelho no primeiro dia do julgamento.

 

Cartunista maranhense tem charge premiada pela ONU

Aliny Gama, para UOL

Charge premiada na ONU

Charge premiada na ONU: Crítica ao sensacionalismo de grande parte da imprensa

Uma charge desenhada pelo cartunista maranhense Raimundo Rucke, 44, publicada no jornal “O Dia”, do Piauí, obteve o segundo lugar no prêmio Ranan Lurie Political Cartoon Awards, da ONU (Organização das Nações Unidas).

O resultado saiu no último dia 15. A imagem faz uma crítica à forma sensacionalista que a imprensa divulga as notícias.

No desenho, o dono de um cachorro manda o animal ir buscar o jornal. Porém, ao olhar a capa, o cão volta chorando sem trazer o pacote. Rucke disse que desenhou a imagem sugerindo a reação do animal ao ver uma notícia sobre violência.

“Pensei em desenhar algo ligado às notícias. Depois, cheguei a uma situação que expressasse bem a ideia da violência estampada na mídia. Foi aí que me veio a imagem do cachorrinho. Então, pensei como ele reagiria ao se deparar com uma notícia ou uma imagem muito chocante”, diz.

O cartunista avalia que sua charge é um desenho atual e atemporal ao mesmo tempo. “Ela serve para qualquer situação e qualquer época.”

A imagem foi publicada em setembro do ano passado, mas já havia sido premiada, em 2014, no Salão Internacional de Humor de Piracicaba (SP), na categoria “tiras”.

Os traços do cartunista são feitos com lápis e caneta em folhas de papel sulfite. Depois, os desenhos são digitalizados, coloridos e finalizados no Photoshop.

O cartunista maranhense Raimundo Rucke

Rucke nasceu em Coelho Neto (MA) e mora há 20 anos em Itu (interior de São Paulo). Ele desenha desde os oitos anos de idade, mas somente aos 17 anos, ao descobrir os trabalhos de Ziraldo, Henfil e Angeli, decidiu ser cartunista.

Já publicou diversos trabalhos em “O Pasquim 21”, criado por Ziraldo e Zélio Alves Pinto. Atualmente, o ele faz caricaturas para o jornal “A Federação”, de Itu. Além disso, colabora com o jornal “O Dia”.

Esta é a quarta vez que Rucke participa do concurso da ONU, mas a primeira que ele fica entre os três colocados. O cubano Aristides Hernandez Guerreiro levou o primeiro lugar e o americano Mike Luckovich, o terceiro lugar. Rucke receberá US$ 5.000 (R$ 20 mil).

O famoso cartunista americano Ranan Lurie dá o nome ao prêmio. Lurie participa da escolha dos ganhadores como presidente do júri junto do ator Jeff Bridges, conhecido pela atuação em trabalhos sociais, e de três ganhadores do Nobel da Paz: Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, Mikhail Gorbachev, ex-secretário geral do Partido Comunista da União Soviética, e Oscar Arias Sanchez, ex-presidente da Costa Rica.

Homenagem ao filme “Muleque té doido!” na Câmara Municipal

Atores do filme em homenagem promovida pelo vereador Lisboa

Atores do filme em homenagem promovida pelo vereador Lisboa

Através de uma proposição de autoria do vereador Prof. Lisboa (PCdoB), a Câmara Municipal de São Luís realizou, nesta terça-feira (14), uma sessão solene para homenagear a equipe técnica do filme maranhense “Muleque té doido!”, que estreou dia 26 de junho deste ano nas grandes salas de cinema da capital. Em apenas quatro semanas, o longa-metragem bateu todos os recordes de bilheteria de todos os tempos do cinema maranhense, com um público de mais de 14 mil espectadores. Na ocasião, também foram entregues placas de homenagem ao ator, diretor e roteirista do filme, Erlanes Duarte, e à diretora de produção, Diana Lima, que representou os demais integrantes da equipe técnica.

“Muito mais que homenagear a equipe técnica e os atores, nós quisemos, sobretudo, homenagear a cidade de São Luís”, afirmou o vereador Prof. Lisboa, em seu discurso. Segundo ele, a cidade possui características únicas, que, se forem realmente exploradas, a tornam, potencialmente, uma das maiores canalizadoras de recursos para a área turística. O parlamentar observa que, de todas as produções cinematográficas e televisivas já feitas no Maranhão e, sobretudo, em São Luís, o filme “Muleque té doido!” é a produção que melhor divulgou as belezas arquitetônicas e a riqueza cultural da capital ludovicense. “Pelo cenário maravilhoso e pela atuação digníssima do elenco do filme, todos são merecedores do nosso aplauso e carinho, que nós abracemos a produção e que os homenageemos, assim como à cidade de São Luís e ao seu povo, para que esses valores sejam substanciados e consubstanciados, para que nós cresçamos e apareçamos no cenário nacional, com todo o orgulho de sermos maranhenses e ludovicenses”, complementou Prof. Lisboa.

Após o recebimento da placa de homenagem, o ator, diretor e roteirista do longa-metragem, Erlanes Duarte, agradeceu ao Legislativo Municipal pela honraria: “O filme nasceu da paixão pelo cinema e da necessidade de retribuição a esta cidade que nos proporciona tantas vitórias gloriosas, como a que está acontecendo aqui, neste momento. Uma homenagem feita pela Câmara de Vereadores de São Luís, a Casa do Povo, que tem tamanha representatividade em nossas vidas. Quero agradecer grandemente e externar, em nome de toda a minha equipe, a alegria e felicidade de receber esta homenagem que espelha o sucesso que estamos alcançando, a cada dia, dentro e fora do Maranhão”.

Maranhense pode ir de servente de pedreiro e ministro do STF

Do JusBrasil

stfAcelino Rodrigues Carvalho, este pode ser o nome do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte do Poder Judiciário brasileiro. Natural da cidade de Fortuna (MA), o jurista fixou residência na cidade de Dourados, a 260 quilômetros de Campo Grande há 27 anos.

Com um currículo extenso, com duas pós- graduações, mestrado e doutorado, além de atuar como advogado e professor na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), o nome de Acelino surgiu no seio da comunidade jurídica e ganhou força com apoio de movimentos sociais em defesa de negros e índios, que pretendem levar para o STJ, um substituto negro para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa. Por ter esse perfil e ser tradicionalista, inúmeras categorias defendem e têm organizado mobilizações para o nome de Acelino chegar até a presidente Dilma Rousseff e conduzi-lo à Corte.

A Seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso do Sul, Assembleia Legislativa, Associação Comercial de Dourados, Câmara de Vereadores de Dourados, reitores universitários, Associação de Magistrados de MS e parlamentares federais do Estado também endossam o coro a favor de o jurista ser o novo ministro. De origem humilde, o jurista, filho de pais que nunca frequentaram escola, não fez planos para disputar uma cadeira do STF.

Ainda jovem trabalhou com servente de pedreiro e como desejava obter conhecimento, atuou como um ‘curinga’ dentro da empresa onde era funcionário. Chegou ao departamento de contabilidade sem informações sobre a área e costumava viajar a trabalho. Quando chegou a Dourados viu as portas se abrirem para o sonho de estudar se tornar realidade, e assim sucedeu. “Dourados é minha Terra Prometida, onde me formei em Direito pela Unigran. Por ser negro e defender minha cultura nordestina escolheram o meu nome para pleitear a vaga”, conta. Com cinco livros publicados e outro a ser lançado, Acelino saiu do Maranhão para alçar novos voos. Ele afirma que a mãe, apesar de ter criado 15 filhos, sempre dizia que na família não haveria analfabetos.

As palavras maternas o incentivaram e caso se torne um ministro, o professor universitário já tem uma diretriz traçada na qual o foco é apenas um: construir uma sociedade livre, justa e solidária. “É um grande desafio, mas creio que há necessidade de se compreender qual o papal da constituição na construção da sociedade e na efetivação dos valores fundamentais da mesma, que são os direitos humanos e fundamentais. Adoto como pressuposto a compatibilidade entre constituição e democracia, duas doutrinas que sem as quais não conseguimos realizar os direitos fundamentais, esse é o objetivo principal da República, contemplar a liberdade, a justiça social e a solidariedade”, resume. Acelino é casado e pai de duas filhas, e depois de ter conquistado apoio de instituições e entidades de Mato Grosso do Sul pode ser também um nome que represente o Nordeste na maior das Cortes Jurídicas.