Em São Luís, já faltam envelopes para depósito nas agências. Muitos caixas eletrônicos não foram reabastecidos e com as datas de pagamento do serviço público estadual e municipal chegando, a previsão é de caos no final do mês. E a greve dos bancários não tem data para acabar.
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Prejuízos enormes em Bacabeira com o fim do sonho da Refinaria
Reportagem do Bom Dia Brasil mostrou a situação deplorável de Bacabeira e os grandes prejuízos com o anúncio da desistência da Petrobrás em dar continuidade ao projeto da Refinaria. A empresa gastou R$2,7 bilhões de reais para não chegar a lugar nenhum. A Refinaria foi anunciada com pompa por Roseana Sarney, Lula e Edison Lobão no maior estelionato eleitoral do Maranhão.
A equipe do Bom Dia Brasil percorreu 120 quilômetros no Ceará e Maranhão. Juntas, elas deveriam produzir 900 mil barris por dia. Um investimento seria no total de R$ 40 bilhões em cada uma. A Petrobras chegou a gastar R$ 2,7 bilhões nas obras que já foram feitas até agora.
O anúncio da instalação da refinaria da Petrobras em 2010 movimentou a tranquila Bacabeira, a 60 quilômetros de São Luís. “Os empresários que fizeram grandes investimentos contando com uma coisa e a coisa foi outra”, diz o técnico administrativo Henrique Calver.
A promessa era a criação de 25 mil empregos diretos e indiretos. E quando as obras pararam, muita gente que veio de longe atrás de uma vaga ficou de braços cruzados, sem saber o que fazer.
O eletricista Adriano Ribeiro se mudou com a família inteira de Manaus para trabalhar na refinaria. Hoje, todos estão desempregados, vivendo de bicos. “Agora está todo mundo procurando emprego na cidade, muitos estão indo embora e está desse jeito”, conta.
Alguns empresários pretendiam investir alto na região, com a chegada da refinaria. Uma grande rede de hotéis projetou um resort, moderno, com 150 apartamentos, mas, com a paralisação das obras da refinaria, o hotel de seis andares se transformou em uma obra abandonada no meio do mato. Um retrato da decepção de quem esperava lucrar com o crescimento da economia local.
Outros empreendimentos também foram construídos, com a previsão de um comércio mais aquecido. Mas dona Iracilda segue, como antes, na cadeira de balanço, à espera de clientes. “Muita expectativa e na hora não aconteceu nada”, diz.