O pequeno expediente da Câmara Municipal de São Luís foi marcado por pronunciamentos dos vereadores Beto Castro (PRTB), Pavão Filho (PDT) e Francisco Chaguinhas (PRP), tendo como foco o clima de insegurança e violência reinante na cidade, onde o exemplo maior foram os últimos acontecimentos do final de semana passado. Quem primeiro abordou o assunto foi o representante do PRTB, aproveitando para dizer que entre as vítimas dos atentados criminosos estava um amigo seu do bairro da Areinha.
“Ontem (segunda-feira, 11), participei de uma reunião quando fui perguntado o que nós estamos fazendo diante de toda essa situação, e respondi que temos buscado todos os mecanismos para tratar da questão”, disse Beto Castro para ilustrar a discussão citando o caso do baixo efetivo policial. Adiante, ele abordou o anúncio da retirada de trailers policiais, bem como a ronda nos bairros, e arremata dizendo que “se retirar os trailers a cidade estará entregue a marginalidade, e se o Executivo não der as mãos como iremos viver e conviver com essa situação”.
POLÍTICA DE GOVERNO
Por sua vez, Pavão Filho falou que “a segurança deve ser uma política de estado e não política de governo, e se faz urgente adoção de ações enérgicas de combate a criminalidade”. Continuando, ele também abordou o caso do baixo efetivo policial no Estado, fazendo uma abordagem técnica dos números de policiais nos estados em comparação a população, chegando ao Maranhão e citou os seguintes dados: com levantamentos de 2013 uma população com cerca de 6.794,301 habitantes e um efetivo de 7.493 policiais, equivalendo um policial para 900 pessoas.
Lembrou o parlamentar pedetista que o concurso para a PM encontra-se em fase final para absorver 1.600 novos policiais, e fez um apelo à governadora Roseana Sarney Murad para a realização de um novo concurso. Ele falou ainda da posse do coronel Zanone no comando da PM, enfatizando que “ele precisa de instrumento pois não tem como atender a demanda e motivar a tropa”.
TAPA NA CARA
Já o vereador Chaguinhas disse que “nós estamos expostos e vulneráveis a toda essa escalada da violência”. Ele afirmou que “essa propaganda de que a pessoa está segura, dorme e até sonha que passa na televisão é um tapa na cara da população”. Essa afirmação foi feita em decorrência de sua avaliação sobre a política de segurança no Estado, e chegou a desafiar a governante maranhense a arregaçar as mangas e promover discussão sobre o assunto.