O deputado Eduardo Braide voltou a fazer proselitismo político ao ir à feira da Anjo da Guarda. O deputado anunciou que estaria indicando emenda para reforma da feira. Braide disse ter destinado R$ 400 mil para a reforma e já estaria levando a autorização para início das obras.
Na realidade, qualquer emenda indicada este ano, é para o Orçamento do governo do Estado do ano que vem e passa por um trâmite até ser liberada e as obras serem iniciadas. Portanto, a história da “autorização para início das obras” é balela.
Ao receber nesta semana o comunicado do gabinete do deputado sobre a indicação, de pronto a prefeitura solicitou que o deputado fizesse a indicação para outro mercado porque a reforma do mercado do anjo da Guarda estava garantida por uma parceria entre a prefeitura de São Luís e a Vale. O projeto está em fase de ajustes, e o recurso, da ordem de R$ 5 milhões, está assegurado, contemplado engenharia e projeto social.
Ainda em julho do ano passado, o secretário municipal de governo, Lula Fylho, recebeu a diretoria da Vale para alinhar o convênio, que está em discussão desde 2015. Para que a Vale libere um projeto de obra como este, é necessária contrapartida social. A prefeitura fez inicialmente um projeto de R$ 9 milhões contemplando a comunidade, depois com a crise a adequou para R$ 3 milhões e ano passado foi fechado em R$ 5 milhões, demonstrando que a comunidade é beneficiada com um produto alimentício de melhor qualidade e a saúde é preservada.
O projeto contempla cursos de aperfeiçoamento, fardamento, além da obra. Já está em fase final, faltando apenas o projeto social finalizar. Assim, Braide deve fazer indicação para outro mercado e deixando claro para a população que não existe uma imediata “autorização de obras”, mas passa por um trâmite legal para que a obra seja executada.
Agora, que faça uma emenda cabível. Porque colocar emenda de R$ 400 mil para um projeto de R$ 5 milhões é fazer uma calçada para dizer que fez toda uma obra.