O governador Flávio Dino teve um almoço com os líderes no dia seguinte à aprovação da Medida provisória 230 que reajusta o salário dos professores da rede estadual. Na noite da votação, Flávio recebeu no Palácio o presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho (PDT) e agradeceu pela condução dos trabalhos. No dia seguinte, houve o almoço com Humberto, Othelino Neto (PCdoB), Rogério Cafeteira (PSB) e Rafael Leitoa (PDT).
Apenas 22 deputados da base estavam no plenário para aprovar a matéria, que por mais incrível que pareça, foi aprovada por unanimidade com votos a oposição. Ou seja, lógico que a medida não é ruim. Diferente do que publicou o jornal O Estado do Maranhão, a reunião não tratou de impacto negativo da MP 230, já que esta negatividade se resume a um esforço hercúleo dos veículos de comunicação do Clã Sarney.
A principal pauta foi o fato de deputados da base aproveitarem uma medida importante para chantagear o governo pela liberação de emendas e outras benefícios políticos. A primeira pergunta do governador foi logo sobre o porquê da saída do plenário da deputada Valéria Macedo (PDT). A pedetista estava no plenário, e saiu. Neste momento, o governo tinha somente 21 deputados e Leo Cunha (PSC) apareceu na última hora completando os 22 necessários.
Outros deputados também foram citados com estranheza pela chantagem: Zé Inácio (PT), Vinícius Louro (PR) entre outros. Flávio não ficou nada satisfeito com o comportamento.