O vereador Fábio Câmara (PMDB) abusou mais uma vez do livre direito de utilizar a tribuna da Câmara Municipal de São Luís. Tudo bem cobrar a prefeitura de São Luís com relação ao aumento das passagens de ônibus. É o papel do vereador como oposição. Mas o peemedebista não se conteve e chamou o prefeito de “marginal” e “secretário de Flávio Dino”.
Fábio tentou explicar o uso do termo pela possibilidade variante da língua portuguesa, já que marginal é alguém que está à margem da sociedade. Mas a interpretação de “à margem da lei” na evolução linguística significa aos ouvidos de qualquer um: criminoso, pois se aplica no dia-a-dia somente a bandidos. Ouça o que disse o vereador:
Caso marginal significasse alguém que infringe uma lei ou norma, todos seriam marginais por comprar um CD pirata, ultrapassar o sinal vermelho ou pagar contas de luz de pessoas carentes em troca de votos. Mas isso não faz de ninguém marginal, dado o significado semântico do termo. Se não podem, avalie o prefeito Edivaldo, quando não existe nenhuma acusação de transgressão da lei.
Esta é apenas mais uma afronta do vereador ao decoro parlamentar. Fábio já chamou o vereador Marquinhos (DEM) de cachorro e quase foi aos tapas com o mesmo vereador, já quebrou um copo no plenário – podendo machucar alguém – e já utilizou outros termos pouco indicados para a tribuna de um parlamento ao se referir ao prefeito Edivaldo.
Onde está a Comissão de Ética da Câmara Municipal de São Luís? Nenhum processo de quebra de decoro aberto até o momento. A comissão é presidida pelo vereador Nato (PRP).