Maranhão teve quase três vezes mais assassinatos em presídios do que São Paulo

Screenshot_2014-03-04-12-32-51-1_resized

 

O gráfico demonstra bem a discrepância entre os assassinatos em presídios do Maranhão em 2013 em comparação com outros estados. No Maranhão, morreram 60 presos. Em São Paulo, que teve o segundo maior número absoluto de homicídios, com 22 casos, seguido do Amazonas, com 20 registros. Entretanto, a população carcerária do Maranhão é 35 vezes menor que a de São Paulo.

Na comparação com a população carcerária dos estados, no Maranhão foi registrada uma execução de detentos em 2013 para cada 100 presidiários. No Amazonas, ocorreu um assassinato para cada 350 presos, a segunda maior proporção do país. O Maranhão também demonstra uma discrepância muito grande em comparação com os outros estados.

O número de mortos em presídios em 2013 foi o seguinte: Maranhão (60), São Paulo (22), Amazonas (20), Goiás (17), Pernambuco (10), Alagoas (9, Paraná (9), Minas Gerais (9), Rio de Janeiro (7), Tocantins (7), Piauí (6), Pará (5), Paraíba (3), Acre (3), Amapá (2), Roraima (2), Sergipe (2), Espírito Santo (2), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (1), Distrito Federal (0), Mato Grosso (0).

No último sábado (1º), mais um preso foi encontrado morto em Pedrinhas. Foi a sétima morte em 2014.

Assembleia ficou com 84 projetos do ano passado pendentes

assembleiaA Assembleia Legislativa do Maranhão realizou uma sessão extraordinária dia 23 de dezembro para votar o Orçamento estadual de 2013 com uma pauta de 33 projetos para limpar pelo menos as pautas mais urgentes da Casa, sendo a maioria do Executivo. Porém, pela discussão duradoura do Orçamento, foram votadas apenas três destes projetos. Juntando com os demais que continuam em tramitação, a Casa ainda tem 64 projetos de Lei do Legislativo e 20 do Executivo ainda pendentes do total de 316 que deram entrada em 2013.

Apesar do número de projetos que ficaram para o próximo ano, nenhum é de encher os olhos do eleitor. Do total de projetos que ficaram, a grande maioria é de título de Cidadania e também existem muitas Medidas Provisórias.

Na última sessão, ainda ficou pendente o projeto de autoria do deputado Eduardo Braide (PMN), que cria a definição de espaço físico em unidade da rede estadual de ensino e de cultura às entidades da sociedade civil organizada, movimentos populares, associações e conselhos, para o desenvolvimento de atividades de ensino, formação, aperfeiçoamento, preparação, lazer e recreação e dá outras providências.

Um projeto polêmico do Judiciário que ficou para o ano que vem é o que cria o conselho de gestão estratégica das políticas de governo. Este estava no pautão.

Outro pendente é de interesse dos proprietários de veículos em atraso com o pagamento do IPVA e demais taxas. O projeto de lei nº 286/2013, encaminhado pela mensagem governamental nº 073/2013, dispunha sobre a redução de juros e multas punitivas e moratórias de débitos fiscais relacionados com o imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).

Dentre os 280 projetos de lei apresentados por deputados, 172 foram aprovados, 33 rejeitados, 64 ficaram pendentes, um anexado, dois prejudicados, quatro retirados de tramitação, dois tornados sem efeito e dois com matéria análoga. Dos projetos do Executivo, foram 36 apresentados, 1sendo 16 aprovados e 20 ficaram pendentes.

Houve apenas a apresentação de uma proposta de Emenda à Constituição do Estado feita pelo executivo. Pela proposta, o cargo de Procurador-Geral do Estado deverá ser exercido por um procurador de carreira. A matéria continua pendente.

O legislativo apresentou seis PECs e apenas uma foi aprovada. As demais estão pendentes. A matéria aprovada, de autoria dos deputados Max Barros (PMDB) e Hélio Soares (PMDB) altera o procedimento de apreciação das Medidas Provisórias. Pelo projeto aprovado, o inciso III, do artigo 43 da Constituição Estadual passa a vigorar com a seguinte redação: “Organização administrativa e matéria orçamentária, ficando o referido artigo acrescido de um parágrafo único com a seguinte redação: A iniciativa parlamentar sobre projetos envolvendo matéria tributária só será permitida a projetos dos quais não decorra renúncia de receita”.

 Vetos 

Tradicionalmente, a Assembleia Legislativa coloca no final do ano a apreciação dos vetos do governo estadual aos projetos da Casa. No ano de 2012, foram 19 vetos totais e 12 vetos parciais apreciados. Em 2013 foram 10 vetos parciais e 24 vetos totais. Este ano, a Assembleia não realizou a sessão especial no final do ano para apreciar os vetos. A discussão sobre as emendas parlamentares tomou conta de praticamente todo o mês de dezembro e os vetos acabaram ficando parra o próximo ano.

De todos os vetos deste ano, apenas um veto total foi apreciado e mantido pelo legislativo. O veto foi ao projeto do deputado Othelino Neto (PCdoB) que previa a cassação do registro de ICMS de empresas com denúncias de trabalho escravo. O projeto foi vetado por inconstitucionalidade.

Os demais 23 vetos totais e 10 parciais ficaram para ser apreciados em 2014.

Prefeitura teve avanços e mostra perspectiva de melhora após primeiro ano

Mesmo com as dificuldades do primeiro ano, prefeito Edivaldo demonstrou ações e perspetivas de 2014 melhor.

Mesmo com as dificuldades do primeiro ano, prefeito Edivaldo demonstrou ações e perspetivas de 2014 melhor.

Para quem propagou o cenário de terra arrasada no primeiro ano da gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), vale lembrar que São Luís não vive cenário diferente das demais cidades brasileiras. Ainda assim, são muitos avanços significativos na capital,diferente de outras cidades do Maranhão.

Não é necessário sequer ir muito longe. Basta verificar como avaliam seus gestores as populações de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. A avaliação negativa é muito maior do que a da capital.

Desmistificando que não tivemos avanços em São Luís no primeiro ano, o secretário municipal de comunicação, Márcio Jerry, elencou via Twitter, os principais avanços da gestão em 2013. “Considerando um primeiro de tantas dificuldades, tratar-se de um primeiro ano foi aprovado, sim. Nenhum prefeito de nenhuma cidade do Brasil está fazendo avaliação de que atravessou um ano bom. Dificuldades!”, afirmou.

Características do primeiro ano da gestão Edivaldo Holanda Jr., segundo o secretário:

1) Cenário de muitas dificuldades ao longo de todo o ano, especialmente financeiras;

2) atitude corajosa e determinada do prefeito para superar tais dificuldades, encarando o imediato e planejando os próximos passos;

3) instaurou uma governança democrática, transparente, participativa; isso deixa marcas e resultados;

4) recuperação de vários projetos e convênios em vias de extinção acarretando enormes prejuízos à cidade;

5) organização e implementação de um programa ousado com realizações concretas que avançaram no segundo semestre;

6) parceira produtiva com o governo federal que está resultando em creches, escolas, maternidade e mais de 10 mil unidades habitacionais;

7) obras estruturantes em vários pontos da cidades, como Turu, Cohab/Cohatraca, Vila Embratel, Bacanga, Bom Jesus, Coroadinhos, Coroado;

8) melhorias na rede municipal de educação a partir da diretriz “valorização do educador”. Garantia de direitos há anos negados;

9) busca permanente de solução definitiva para a caótica situação encontrada na saúde. Situação ainda grave em vias de reversão;

10) construção do Pacto por São Luís, estratégia fundamental que ainda dará muitos resultados para nossa cidade.