Blog do Jorge Vieira
A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) fracassou em sua tentativa de retornar à arena política ostentando o cargo de ministra. Sua “ficha corrida” levou o presidente interino Michel Temer a desistir do desgaste que uma nomeação deste porte poderia trazer a uma administração que padece de legitimidade.
Na mira das investigações da Lava Jato e denunciada pelo Ministério Público como integrante da organização criminosa que desviou mais R$ 1 bilhão da saúde pública do Maranhão, a ex-governadora acabou sendo rejeitada pelo presidente interino.
E olha que no ministério anunciado e que tomou posse na última quinta-feira (12) o que não falta é investigado na Lava Jato (Gedel Vieira Lima, Romero Jucar, Moreira Franco, etc), mas não teve coragem de nomear Roseana, que trava uma queda de braço particular com o irmão e agora ministro Sarney Filho (PV).
Sem mandato e enfraquecida por ter se tornado ré no processo que apurar corrupção no programa “Saúde é Vida”, comandado pelo cunhado Ricardo Murad, outro integrante da Orcrim, segundo a Polícia Federal, Roseana deve perder o comando do grupo Sarney.
Sarney Filho, além de vencer a disputa interna na família e ser nomeado para o Ministério do Meio Ambiente ganha a preferência para disputar a eleição de senador em 2018, jogando a irmã para escanteio e praticamente obrigando-a cumprir a promessa de se aposentar da política.
Corre entres os aliados da ex-governador já desfruta mais sequer do respeito do cunhado Ricardo Murad (PMDB), seu braço direito na Saúde, órgãos por onde escorreu pelo ralo da corrupção nada menos que R$ 1 bilhão, conforme revelaram os órgãos de controle, que escalou a filha, deputada Andréa Murad (PMDB) para bater e cobrar de Roseana a promessa de se aposentar da política.