Comissão realiza reunião técnica sobre limites territoriais da grande Ilha

comissaoalA Comissão de Assuntos Municipais realizou uma reunião técnica, na tarde desta terça-feira (3), na sala das Comissões, sobre a questão dos limites territoriais dos municípios que compõem a Ilha de São Luís. O objetivo foi alinhar os pontos relativos à linha operacional de adequação dos limites territoriais dos municípios de São Luís e São José de Ribamar, e posteriormente, de Paço do Lumiar e Raposa na audiência pública que acontece amanhã (4), às 15h, no auditório Neiva Moreira, do Complexo de Comunicação.

Participaram da reunião o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Maranhense de Estudos Socio-Econômicos Cartográficos (IMESC), do Governo do Estado, o vice-prefeito de São José de Ribamar, Dr. Eudes, representantes da Prefeitura de Paço do Lumiar e de São Luís e, ainda, os deputados Júnior Verde (PRB), Bira do Pindaré (PSB), Max Barros (PMDB) e Wellington do Curso (PP).

“Esta é a segunda reunião preparatória que realizamos da audiência pública sobre os limites territoriais dos municípios da Ilha de São Luís, que acontece amanhã (04). Vamos fazer uma discussão saudável no sentido de uma vez por todas se chegar a definição dos limites dos municípios que compõem a Ilha do Maranhão. A população já não aguenta mais ficar sem saber a quem se dirigir para cobrar os serviços públicos que tem direito”, esclareceu Adriano Sarney ao abrir a reunião.

A linha operacional de adequação dos limites territoriais debatida foi adotada, em 2009, pelo IBGE e o IMESC, para redefinir os marcos divisórios entre São Luís e São José de Ribamar, cujos resultados foram considerados satisfatórios para ambos os municípios. “Este método que adotamos apenas faz a adequação dos limites previstos nas leis de criação dos municípios às mudanças ocorridas no espaço físico ao longo do tempo.  Ninguém perde. Ao contrário, todo mundo ganha”, explicou José Henrique da Silva, Gerente da Divisão Territorial Brasileira, do IBGE.

PROJETO DE LEI EM TRAMITAÇÃO

Na oportunidade, o deputado Júnior Verde (PRB) revelou que se encontra em tramitação, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), o Projeto de Lei Complementar nº 064/15, de autoria sua e do deputado Fábio Braga (PT do B), estabelecendo os limites dos municípios de São Luís e São José de Ribamar, que é fruto do Grupo de Trabalho criado, em 2015, com esse objetivo. “Esse projeto transforma em lei o resultado da linha operacional desenvolvida pelo IBGE/IMESC, em 2009, cujos novos limites de São Luís e São José de Ribamar e pode solucionar uma problemática que já se arrasta há anos”, esclareceu.

O deputado Bira do Pindaré (PSB) questionou o procedimento a ser adotado no aspecto referente à constitucionalidade de uma lei que altera os limites territoriais dos municípios, invocando os artigos 18, da Constituição Federal de 88 e o artigo 10, da Constituição Estadual. “Acredito que, obrigatoriamente, teríamos que submeter as alterações a um plebiscito das populações envolvidas”, advertiu.

O deputado Wellington do Curso ressaltou a dramaticidade da situação vivida pela população das áreas limítrofes dos municípios, uma vez que não sabem a quem cobrar os serviços públicos que tem direito, a exemplo do Parque Vitória e Vila Jair. “Há um clamor da população nesse sentido. A população já não aguenta mais tanta falta de assistência e de continuidade das ações governamentais”, ressaltou.

Para Max Barros é preciso que se proceda a atualização urgente desses marcos divisórios dos municípios da Ilha de São Luís, uma vez que a Lei de 1985 os deixou muito claros, e que esse trabalho exige a participação da população e das Prefeituras. “Esse trabalho é de fundamental importância para se poder efetivar a metropolização dos municípios que compõem a Ilha de São Luís”, destacou.

IMESC/IBGE

De acordo com José Henrique esse problema ocorre no Brasil todo e deve-se ao processo de transformação do espaço urbano, sendo a Bahia o estado que mais tem avançado nesse sentido. “Mais de 80% das decisões dependem do conhecimento do território. Portanto, sem conhecer o território fica tudo mais difícil em termos de processo decisória das políticas públicas. Portanto, temos que avançar! ”, argumentou.

Josiel Ribeiro, Diretor de Cartografia do IMESC, o método adotado em parceria com o IBGE procura retratar os limites reconhecidos pelo sentimento de pertencimento das populações que, a rigor, são aceitos consensualmente. “Temos tudo para avançar na solução dessa problemática que muitos prejuízos têm causado às populações, com a ausência de políticas públicas”, afirmou.

Ilha de Curupu na mira de manifestantes

ilhacurupu

Inspirado nas manifestações realizadas no Triplex da família Marinho em Paraty na semana passada, um grupo de ativistas maranhenses está organizando um “piquenique” na famosa Ilha de Curupu, grilo chique da família Sarney no município de São  José de Ribamar.

Em troca de mensagens por redes sociais alguns ativistas já iniciaram uma convocação, mas ainda sem dizer que dia e hora a atividade será realizada. A família Sarney já teria sido avisada da ação.

Nas mensagens os ativistas lembram que a ex-governadora Roseana Sarney é uma das denunciadas no escândalo da Lava Jato e que está sendo protegida pelo esquema de poder do pai dela em Brasília.

Se for confirmada, a ação dos ativistas rapidamente ganhará repercussão nacional e internacional. A família Sarney a essa hora certamente está aflita com os desdobramentos.

Operação “Ilha Segura” já fez mais 4,5 mil abordagens

Operação segue com abordagens na Grande Ilha

Com 18 dias de trabalho nos bairros da capital, a Operação Ilha Segura da Polícia Militar já contabiliza a abordagem de 4.493 pessoas que estavam dentro de ônibus ou em carros de passeio pelas ruas e avenidas da capital. Como a operação não para, a esta altura já foram mais de 4,5 mil abordagens. Ao todo, quatro armas de fogo, 29 armas brancas, oito cabeças de crack e 18 papelotes de maconha foram apreendidos nesse período. Seis pessoas também foram presas e dois veículos recuperados durante a operação.

A operação ‘Ilha Segura’ também atua nas abordagens a ônibus e motocicletas na capital em parceria com a Operação Catraca. Desde o início do trabalho, 264 coletivos, 666 motos, 305 bicicletas e 70 táxis foram vistoriados. Mas a atenção principal da Operação ‘Ilha Segura’ é para a atuação dos policiais militares nos bairros mais perigosos, com rondas diurnas e noturnas para evitar qualquer tipo de ocorrência e garantir a tranquilidade da população.
O comandante do Policiamento Especializado (CPE), coronel José Frederico Gomes Pereira, explica que o trabalho seguirá por tempo indeterminado sempre com foco nas localidades com os maiores índices de assaltos e tráfico de drogas. “Os homens da força militar não descansam. Paralelo à ‘Ilha Segura’, realizamos a ‘Operação Catraca’. Uma operação ajuda a outra, tudo com um único objetivo: reduzir a criminalidade na capital e deixar a população em segurança”, afirmou.

Flávio e prefeitos da Ilha discutem metropolização

Reunião sobre metropolização

Reunião sobre metropolização

Gestores das cidades que integram a região metropolitana de São Luís e o governador Flávio Dino reuniram-se, nesta segunda-feira (02), para tratar de assuntos de interesse da municipalidade e de ações que permitam, de fato, implementar a região metropolitana da Grande Ilha com trabalhos parceiros e conjuntos entre prefeituras e o governo estadual.

Participaram da reunião os prefeitos Edivaldo Holanda Júnior (São Luís), Gil Cutrim (São José de Ribamar), Josemar Sobreiro (Paço do Lumiar), Clodomir Oliveira (Raposa), Antônio Candido (Santa Rita) e representantes das cidades de Rosário e Bacabeira.

Ficou definido que técnicos da Secretaria de Estado das Cidades e da Agência Estadual de Mobilidade Urbana, com o apoio de técnicos dos municípios envolvidos, irão promover estudos que viabilizem a reestruturação da Lei Complementar que instituiu a região metropolitana. Estes estudos já serão apresentados e apreciados no próximo dia 09 durante reunião das equipes técnicas.

O objetivo é adequar a Lei ao novo Estatuto da Metrópole, de autoria do governo federal e aprovado ano passado, e ao Plano de Mobilidade Urbana – Integração das Ações Metropolitanas do governo do estado. A Lei Complementar que institui a região metropolitana foi alterada em 2013 e incluiu as cidades de Santa Rita, Bacabeira e Rosário. A região já era formada por São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara.

No entanto, no entendimento dos gestores e do governo estadual, a referida Lei ainda precisa ser aperfeiçoada inserindo, por exemplo, a criação do Conselho Estadual da Região Metropolitana, com sua estrutura de governança definida; Fundo da Metrópole e ainda ações concretas e bem definidas para serem executadas, de maneira conjunta, por municípios e estado.

“Somente unidos, trabalhando de forma integrada, poderemos avançar e desenvolver políticas públicas comuns em diversos setores, tais como a coleta e destinação dos resíduos sólidos, situação que ainda aflige a maioria dos municípios maranhenses”, avaliou o prefeito da capital, Edivaldo Holanda Júnior.